O bolo
Outro dia, um feriado ensolarado
Outro dia, um feriado ensolarado
Talvez o mais belo e convidativo
Apenas cesta e crianças ao lado
Lá fomos ao convescote atrativo.
Pois mal chegávamos na grama
Imensidão de formigas também
Que, é claro, a gente não chama
Uma ilustre cara de pau elas têm.
E o trabalhoso bolo formigueiro
Não prestou nem para começo
Incontinenti comeram-no inteiro.
Que pra elas bolo não tem preço
Um pouco desse jeitinho matreiro
E da guloseima não fica o avesso.
Caro amigo poeta Jair, e as formigas nem gostam de doçura!
ResponderExcluirConforme tenho dito, tu tens o de poetizar sobre qualquer tema. Arquimedes disse "Deem-me uma alavanca e eu moverei o mundo" . Eu digo: Deem uma palavra ao Jair e ele fará um poema.
Um abraço. Tenhas uma ótima semana.
FAço minhas as palavras do poeta Dilmar, meu caríssimo poeta Jair, senhor de todas as palavras.
ResponderExcluirps.Carinho respeito e abraço
Sorri a este soneto! Gostei imenso! Um manjar (já é raro fazerem-se piqueniques)!
ResponderExcluirHoje sou eu que deixo um "Momento" meu, escrito enquanto uma família comia a merenda num jardim, em frente à esplanada onde tomava café...
Momento(s) – VI
Um piquenique que saiu da cesta
(já tinha dormido uma boa soneca).
A toalha envergonhada esticada no chão
(devia estar na mesa lauta do patrão).
A criançada faminta bem acomodada
(horas passadas dentro do carro).
Os pais descobrindo a merenda
(sabiam lá onde iriam aportar).
As palavras mastigadas no sabor do pão
(apanho uma ou outra pelo ar).
Delicio-me neste quadro de família
(mal imagina que a vigio e escrevo).
Roubo-lhe a inspiração.
Sem culpa. Espaço público. Verão!
(Ah, trazem consigo o azul da estação – carro, atrelado e talvez a ilusão…)
OF, 18-08-13 (Nunca o divulguei)
Bjo, Jair :)