Vestida de gala, esperando lá estava
Usando talvez o seu melhor perfume
Até com colar de pérolas ela contava
E num rosto virtual nenhum queixume.
Vestida, bem baixinho só cantarolava
Imaginando que àquela triste canção
Uma entonação argentina então dava
Ao calor de aplausos de viva multidão.
Então vestir-se bem para fazer poesia
Esperando ansiosa que chegue o dia
Como o pássaro que estação espera
Sem a certeza que até lá ainda canta
Que assim pois permitirá sua garganta
Quando finalmente chegue primavera.
Mais um belo soneto, meu caro amigo poeta Jair. Um abraço. Tenhas uma boa noite.
ResponderExcluirNem só de sátira vive o verbo deste poeta, há um lirismo comovente em sua verve. Evoé!
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