Soneto-acróstico
Oculto
nas entranhas onde não o vejo
Maldoso,
cheio de maldosa artimanha
Encontra-se
aquele terrível caranguejo
Ulcerando
qualquer órgão que apanha.
Come
lento, deliciando-se a seu desejo
Arrastando-se
como fosse uma aranha
Resiste
à medicina com o lauto bocejo
Ainda
sabendo que ninguém o apanha.
Não
sei meu fim e não o sabe ninguém
Garanto,
ele está no controle, contudo
Urdidor
manhoso mui eficiente também.
E sobre vencê-lo agora, já não me iludo
Jogo
a toalha, aguardo aquilo que vem
O
câncer é um mal que me deixa miúdo.
Pois, caro amigo poeta Jair, quando criança, por vezes perdi o sono, sobretudo, quando havia algum parente ou conhecido sofrendo daquele mal. Aliás, tive um tumor, que foi extirpado bem no comecinho, para minha sorte.
ResponderExcluirUm abração. Tenhas um ótimo dia.
O cancro (câncer) deixa-nos a todos miúdos...
ResponderExcluirUm excelente soneto, gostei iemnso, não só pela forma mas também pelo conteúdo.
Caro Jair, tenha um bom resto de semana.
Abraço.
Ainda apavora a todos nós, mas conta que ele não se lembre de mim, dos parentes e dos amigos! Aliás, esse poderia desaparecer do planeta.
ResponderExcluirAbraços!
desculpe, eu quis dizer CONTO que ele não se lembre...
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