Quando na África nasceu a humanidade
Natureza nos deu cérebro e duas pernas
Para que analisemos com judiciosidade,
Prá que nossas andanças fossem eternas.
Prá que nossas andanças fossem eternas.
Partiu o homem da África para o mundo
Era o seu lar então, sem destino
traçado
Nômade, cruzou terras como vagabundo
Povoou o planeta, cada nicho, cada
lado.
Então criou tribos, países, tudo
segregado
Violou pois aquela sua tendência
natural
Criou as fronteiras e reuniu-se como
gado
Cada país dizendo: transpor aqui é
ilegal.
Cadê aquele nomadismo sem fronteiras?
Nossa liberdade de ir e vir, onde foi
parar?
Agora não se pode andar por onde queira
Nunca se deve qualquer limite
ultrapassar.
Se há uma guerra aí, não é meu problema!
Permaneçam e morram, se este for o caso
Nós nesta nação morreremos de enfisema,
E nem um pouco nos interessa o seu
ocaso.
Contudo, se violarem nosso pátrio
espaço
Os mandaremos de volta para a sua nação
Não queremos com vocês criar algum
laço.
Então não cheguem aqui criando
confusão.
Pois vão embora cambada de maltrapilhos
Vocês, migrados, pertencem a outro Estado
E não venham prá cá empanar nosso brilho,
Neste planeta é cada um no seu
quadrado!
Assim é o SER. Sempre foi e temo acreditar q sempre será ...
ResponderExcluirPensei exatamente nisso há pouco tempo ao olhar os refugiados sírios, o que estão passando e como estão sendo tratados os 'irmãos'.
ResponderExcluirCruzes, não levo fé nenhuma na nossa espécie. Levo mais fé naquela minhoca do seu soneto!