terça-feira, 10 de novembro de 2015

Lima Barreto


Pois Lima Barreto construiu um legado
Ousou romancear com idioma castiço
Liberto de amarras, um escritor afiado
Impôs-se às letras, não foi submisso.

Criando Policarpo Quaresma, o justo
Alcançou os píncaros da imortalidade
Romance de argumento mui robusto
Policarpo era o esteio da brasilidade.

Orgulhava-se deste vasto Pindorama
Que para existir motivos lhe fornecia
Ultrajava-lhe algum erro que inflama
Achava nossa língua cheia de poesia.

Render-se ao erro, Policarpo jamais
Ele, até morrer pelo idioma, poderia
Sempre viveu pelos valores nacionais
Mesmo sabendo que burrice é porfia
Ainda que com tais crises existenciais.

2 comentários:

  1. Um dos nossos grandes prosadores, mas que foi (e ainda o é!) muito esquecido do grande público. Sorte é um "pequeno público" o aprecia e divulga. Valeu, Jair!

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  2. Querido amigo poeta Jair, justa homenagem ao grande Lima, mentor deste personagem marcante, bastião da ética e da moral.
    Um abração. Tenhas uma ótima terça-feira.

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