Pois Lima Barreto construiu um legado
Ousou romancear com idioma castiço
Liberto de amarras, um escritor afiado
Impôs-se às letras, não foi submisso.
Criando Policarpo Quaresma, o justo
Alcançou os píncaros da imortalidade
Romance de argumento mui robusto
Policarpo era o esteio da brasilidade.
Orgulhava-se deste vasto Pindorama
Que para existir motivos lhe fornecia
Ultrajava-lhe algum erro que inflama
Achava nossa língua cheia de poesia.
Render-se ao erro, Policarpo jamais
Ele, até morrer pelo idioma, poderia
Sempre viveu pelos valores nacionais
Mesmo sabendo que burrice é porfia
Ainda que com tais crises existenciais.
Um dos nossos grandes prosadores, mas que foi (e ainda o é!) muito esquecido do grande público. Sorte é um "pequeno público" o aprecia e divulga. Valeu, Jair!
ResponderExcluirQuerido amigo poeta Jair, justa homenagem ao grande Lima, mentor deste personagem marcante, bastião da ética e da moral.
ResponderExcluirUm abração. Tenhas uma ótima terça-feira.