Seu olhar por trás da
coluna ardia
Obliterou aquele solo de
clarineta
Blusão jeans usado que me
cobria
Foi rasgado pela acúlea
baioneta.
Inda agora na soledade da
estação
Levando a lira de meus
vinte anos
Amanheço sob aquela
constelação
Mariposas assim debaixo
dos panos.
Exalo conhaque, bebida
requentada
Nesta cidade de mui
amontoado lixo
Tudo supões aquarela desnaturada
Onde o destino não
encontrou nicho.
Sabendo a tais vapores de
Yoko Ono
Deixo as minhas colheres
flambadas
Apenas verdade nenhuma
tem dono
Sob as nobres estrelas
filamentadas.
E não me venha com
excesso de zelo
Saberá cada vivente o que
lhe apraz
Terá exatamente como
assim fazê-lo
Resulta que disso
compreensão terás.
Então que cada um sole a
sua guitarra
Leve seus sonhos a
caminhar sozinho
Apenas ao existente cada
um se agarra
Sabendo que este mundo é
comezinho.
Caro amigo poeta Jair, sempre arrancando acordes poéticos de alto nível. Um abração. Tenhas um ótimo domingo.
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