segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Tudo é lama

De Brasília à Mariana, mortal lama pura
Vale e governo, de bom, nenhum gesto
Conluiados da impunidade na tessitura
Atos libidinosos, num autêntico incesto.

Não sou Diógenes, não ando à procura
Sequer saio às ruas em formal protesto
Acho-me acometido de mal que perdura
Pois eu tenho vergonha de ser honesto.

Roubalheira nesta República, é cultura
O Parlamento de meliantes está infesto
Rouba, então programa pilhagem futura
Num ritual espontâneo e também lesto.

E o povo? ora essa plebe é cavalgadura
Fica sempre a mercê do larápio funesto.

Um comentário:

  1. Caro amigo poeta Jair, Já disse que, de repente, pode parecer redundância insistir neste tema, entretanto, é uma verdade que não quer calar, haja vista a lamaceira alastrar-se por toda a parte da nossa amada pátria.
    Um abração. Tenhas uma ótima semana.

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