quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Escorre a lama

Por incúria e descaso da milionária Vale
A lama que atinge ribeirinhos em partilha,
Exigindo que neste país ninguém se cale,
Concorre com a lama que flui de Brasília.

No Parlamento não há quem não regale
Até apaniguado humilde, se puder, pilha
E o Planalto, à súcia de ladrões equivale
Executivo? mais parece uma camarilha.

E a lama mortífera impunemente escorre
O responsável? Ninguém sabe e não viu
Pela verdade, neste país ninguém morre.

Todos preocupados com o bem do Brasil
O povo, de abastança tomando um porre
Quem reclamar que vá a puta que o pariu.

Um comentário:

  1. Caro amigo poeta Jair, acabas de fazer a radiografia do paciente Brasil, hospedado na uti, à beira da falência moral.
    Um abraço. Tenhas uma ótima quarta-feira.

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