quarta-feira, 18 de maio de 2016

Jardinar

Confesso, tenho olhos de jardim
No qual nasce flor e voa inseto
Borboletas aqui pousam em mim
Sem se importar com meu veto.

Flores ingênuas são tão prosas
Como gerânios e lindas rosas
Em meus olhos como moldura
Fazem deles gloriosas pinturas.

E aqui também há erva daninha
Que é vivo ônus que se instala
Onde há plantas ela se aninha.

E se deixar até jardim ela abala
E diz, essa plantação é minha,
Quando quero o pássaro se cala.

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