Os pés arrastando, cansados
olhos baços
Percebendo o mundo como
estivesse lento
Falando pouco, escrutina
com pensamento
Vive a incapacidade de seus
cansaços.
Encolhido sequer se expande
nos espaços
O mundo parece turvado e
pardacento
Cada dia que acorda
torna-se um tormento
Porque desapareceu o tônus
dos seus braços.
Esta vida das esperanças
destroçadas
Repleta de decepções,
eivada de nadas
É uma triste velhice irmão,
poço sem fundo.
Inferno de Dante, de gente
impenitente
Onde grassam dores e lamentos
ardentes
As quais suplicam para
agora, o fim do mundo!
Pensando bem... não é o fim do mundo. Mas queremos viver eternamente, se possível fosse, mas não queremos envelhecer, enfrentar alguns males da própria idade? O ótimo é envelhecer sabendo que muitas coisas ficam no passado. Seria maravilhoso envelhecermos com todo o vigor físico, mas fica um pouco difícil! Vamos nos adaptando aos poucos, a natureza dá uma mãozinha... E nós, bem a nos resta cumpri o ciclo.
ResponderExcluirAbraços! Um ótimo fds.
Pois é, meu caro amigo poeta Jair, acho que melhor seria viver o papel de Benjamin Button.
ResponderExcluirUm abração. Tenhas uma ótima semana.