sexta-feira, 17 de março de 2017

Decrepitude

Os pés arrastando, cansados olhos baços
Percebendo o mundo como estivesse lento
Falando pouco, escrutina com pensamento
Vive a incapacidade de seus cansaços.

Encolhido sequer se expande nos espaços
O mundo parece turvado e pardacento
Cada dia que acorda torna-se um tormento
Porque desapareceu o tônus dos seus braços.

Esta vida das esperanças destroçadas
Repleta de decepções, eivada de nadas
É uma triste velhice irmão, poço sem fundo.

Inferno de Dante, de gente impenitente
Onde grassam dores e lamentos ardentes
As quais suplicam para agora, o fim do mundo!

2 comentários:

  1. Pensando bem... não é o fim do mundo. Mas queremos viver eternamente, se possível fosse, mas não queremos envelhecer, enfrentar alguns males da própria idade? O ótimo é envelhecer sabendo que muitas coisas ficam no passado. Seria maravilhoso envelhecermos com todo o vigor físico, mas fica um pouco difícil! Vamos nos adaptando aos poucos, a natureza dá uma mãozinha... E nós, bem a nos resta cumpri o ciclo.
    Abraços! Um ótimo fds.

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  2. Pois é, meu caro amigo poeta Jair, acho que melhor seria viver o papel de Benjamin Button.
    Um abração. Tenhas uma ótima semana.

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