Doem-me estas desesperanças das esperas
O futuro? nele enxergo só negação
Porque o visto do futuro não dá noção
Vejo invernos e outonos e nunca primaveras.
Ao invés de risos, vejo carrancas austeras.
E o esconso negror oculto na escuridão
Onde não existe o positivo e impera o não
Homens devorando semelhantes, tal feras.
Nos ares apenas ais, gemidos, lamentos
Desconhecendo do destino, seus intentos
Em tudo atinge a perfeição o tal egoísmo.
Deixaram de existir poetas e sonhadores
Não há mais luar para exaltar seus amores
À frente, visível um tenebroso abismo.
Pois é meu caro amigo poeta Jair, nos disseram que o futuro a Deus pertence, mas como Deus delegou ao homem a condição de mantenedor, subscrevo aqui as palavras do saudoso e anárquico Leonel Brizola:
ResponderExcluir"Entregaram à raposa a chave do galinheiro"
Um abraço. Tenhas um ótimo dia.
Acho que foi depois de alguma coisa passada na televisão, depois de ter visto um velhinho, que falei que a vida teria algum sentido se vivêssemos uns 500 anos, mas não essa merrequinha... Viver 80 anos em média? É, por isso não comemoro mais aniversários...Sempre ficaremos meio apreensivos... Seu poema é triste, mas muito belo, Jair. Abçs!
ResponderExcluirPensei que tivesse deixado comentário aqui!