domingo, 27 de maio de 2018

À vida

Viver sem susto, vida sem porfia,
modorrice que não oprime o peito;
longa existência como se queria,
com tão pouco, se vive satisfeito.

Entretanto, a nossa alma repudia,
para nosso corpo, apenas respeito;
passar pelo mundo, sem alegria,
e sem tirar da vida algum proveito?

Porém, a vida será o que faz dela,
não há receita como um bolo fosse;
tudo que existe além da janela,
é plena vida, amargosa ou doce.

A vida são valores que se atrela,
àqueles que do nosso lar se trouxe.

Um comentário:

  1. Perfeito, caro vate. Bom poema filosófico. Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

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