quarta-feira, 4 de junho de 2014

Quando a morte chegar

Quando vier a morte que seja indolor
Que venha em meu leito ou onde for
Que seja comum esse dia derradeiro
Como comum fora meu dia primeiro.

Que seja para sempre e nunca mais
Esse evento que a todos torna iguais
Pois para morte não há hora e lugar
E depois de morrer não vamos voltar.

Consolo, com a morte se vão os medos
Acabam-se, por outro lado, os enredos
Aquele que descansa nada mais sente.

E mesmo não sendo em vida um santo
Ele sempre deixa uma mãe em pranto
A lamentar, amar e sofrer eternamente.

Um comentário:

  1. Pois é amigo Jair, eis a temida de todos, única certeza desta vida, talvez explicação desta, segundo Raul Seixas ou nas palavras de Saramago em Intermitências da Morte: "a morte, em si mesma, sozinha, sem qualquer ajuda externa, sempre matou muito menos que o homem".
    Um abraço. Tenhas um bom dia.

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