Quando
vier a morte que seja indolor
Que
venha em meu leito ou onde for
Que
seja comum esse dia derradeiro
Como
comum fora meu dia primeiro.
Que
seja para sempre e nunca mais
Esse
evento que a todos torna iguais
Pois
para morte não há hora e lugar
E
depois de morrer não vamos voltar.
Consolo,
com a morte se vão os medos
Acabam-se,
por outro lado, os enredos
Aquele
que descansa nada mais sente.
E
mesmo não sendo em vida um santo
Ele
sempre deixa uma mãe em pranto
A lamentar, amar e sofrer eternamente.
A lamentar, amar e sofrer eternamente.
Pois é amigo Jair, eis a temida de todos, única certeza desta vida, talvez explicação desta, segundo Raul Seixas ou nas palavras de Saramago em Intermitências da Morte: "a morte, em si mesma, sozinha, sem qualquer ajuda externa, sempre matou muito menos que o homem".
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas um bom dia.