sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Destino


Era uma vez certo poeta tresloucado,
Que pela morte se tornou apaixonado
Vivia, mas lhe pesava muito sua vida
Então queria uma passagem só de ida.

Ele a espiar o que havia do outro lado
Continuava seu viver tão amargurado
Sonhando que morte leva à doce lida
Ele então pensava abreviar sua partida.

Mas o destino outro caminho lhe traça
Obrigando-o a viver até bem velhinho
Que existir seria portanto a sua graça.

Ele agora permanece quieto no ninho
Mas ao ver mundo ao redor que passa
Fica a remoer-se de dor tão sozinho.

Um comentário:

  1. Pois é, caro amigo poeta Jair, vivamos a vida com entusiasmo, apesar de todas as mazelas que surgem à nossa volta, pois a vida é dádiva e nos foi oferecida para ser haurida integralmente.
    Um abração. Tenhas um ótimo fim de semana.

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