segunda-feira, 17 de abril de 2017

No frio da noite

A metrópole, formidável formigueiro
Onde vigoram tantos conúbios e tretas
E vagam os vagabundos como cometas
Fica fora de forma o feliz e o faceiro.

Uma selva de concreto pra aventureiro
Na qual nada nos informam as muitas setas
Então lhe interessa apenas as suas metas
Sejam benvindos, à escuridão e o nevoeiro!

Um negror que oprime, mas nada radiante
E se faz benfazejo ao marginal errante
O qual faz no atro submundo sua morada.

E a súcia refestela no escárnio da rua
Onde o malandro, achacando-nos continua
Pois essa tal escuridão lhe é camarada.

2 comentários:

  1. Perfeito, meu caro amigo poeta Jair, as metrópoles à noites se transformam em florestas, habitadas por seres
    provenientes de um mundo a parte.
    Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

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  2. Poeta Jair, além de vir até aqui para me encantar com teus sonetos, vim também para te agradecer por sempre me reverenciar com tuas talentosas interações aos meus sonetos...muito obrigada, fico por demais honrada!!! um abraço, ania..

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