segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Saudade de Palmeira




Que mais quero, que aqueles bosques sombrios,
que tais descampados verdes e deslumbrantes;
ou que colinas transformadas em mirantes,
e florestas frescas com aves e bugios?

Pinheirais fechados, refúgios dos amantes,
vacas à sombra ruminando seus fastios;
marulhar de simples corredeiras nos rios,
e tudo exatamente como fora dantes?

Pois é a Palmeira que me visita no sono,
onde de ingênuo menino me fiz homem,
e nunca me senti rei, nem ocupei trono.

Lá não existe ouro, diamantes ou jade,
contudo, vida de qualidade lá tem,
e para mim só permanece uma saudade.

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