segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A Esfinge meteorológica

Olha as alturas, este observador terreno,
e, sonhando, transforma tudo em poesia;
já que vê no céu tanto mistério e magia,
e tanta enormidade que se acha pequeno.

Mas o firmamento não lhe faz um aceno,
que seja sério, ou que seja mera ironia;
mesmo apenas simples piscadela vazia,
ou cumprimento vão, destilando veneno.

E, por vezes este céu tornando-se fúria,
na fé dos homens violentamente, bate,
borrascoso, cidades e aldeias atinge.

Como a impingir à terra suprema injúria,
em um estranho unilateral combate,
mantendo-se misterioso igual esfinge.

Nenhum comentário:

Postar um comentário