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terça-feira, 18 de julho de 2017

Alma

Por existir, onde nossa alma se esconde?
E como ela própria entretanto se chama?
Confesso, já perguntei e ela não responde
Escondida, porque lama é seu anagrama?

Mesmo que pelo esconso então ela ronde
E em tudo que toca, muita vida derrama
A qual parte da mente, ela corresponde?
E que ela faz quando nós voltamos a lama?

Sinceramente não sei, alma é evasiva
E faz questão, sobre ela própria, silencia
Como a dizer, tenha dúvidas se sou viva.

Fé nos diz que sem ela ninguém viveria
Que vive no nosso corpo e não é cativa
Que corpo sem alma é uma bolha vazia.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Sonho?

Sonho utópico, sonho de épicas visões
Criado pelos meandros dos pensamentos
O qual recusa ser levado pelos ventos
Pelos tufões, terremotos e turbilhões.

Então sonho de indagamento e de senões
Donde nunca brotam agruras dos lamentos
Nem trafega por esconsos ares nevoentos
Porém são bem distinguíveis suas feições.

Enxergo portando, um retrato de minha alma
Que tem o vezo de revelar-se e tudo acalma
E deste corpóreo invólucro se desprende.

E creio que essas minhas internas vozes
Me sejam umas carrascas mais atrozes
Consciência travestida de óbvio duende.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Essa tal de Alma

Nossa alma essa quase entidade tão passiva
Quando silenciosa nosso corpo habita
Certamente com seus dotes ela cativa
Uma outra alma que lhe pareça mais bonita.

Talvez numa relação um tanto o lasciva
Na qual a nossa tão preciosa alma acredita
Essa bela interação tão discreta viva
Sob nenhuma norma até agora escrita.

Então, nada disso nos deixa amargurados,
Somos veículo que carrega a alma apenas
Por menos que tal não tenhamos anelado.

Porquanto se as tais almas não são pequenas
E que nós estejamos desta vida animados
Nossas relações corpo/alma serão serenas.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Ao corpo

É natural que nos sintamos eternos
Onde vida existe esperança grassa
Tem a vida verão, outono e inverno
Enquanto há ânimo, a vida é graça.

Mas a natureza não considera assim
Porque o tempo tem o próprio critério
Obstinado, do homem quer seu botim
Domina exigente e possui um mistério.

O corpo, contrário ao que se pensa
Contém seu propicio tempo de vida
Obnubila-se por acidente ou doença.

Rápido como uma flecha desferida
Perde viço até que o tempo o vença
Obediente, ele na morte tem saída.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

A multidão

Soneto-acróstico

Porquanto não somos unitários apenas
O mais das vezes somos mixórdia pois
Internamente há muitos, talvez dezenas
Simples, multidão eu sou e também sois.

Assim nossas vidas não serão pequenas
Íntimos seremos de somente um ou dois
Tentando manter nossas atitudes serenas
Enquanto deixamos sonhos para depois.

Muitas gentes morando no nosso interior
Gente de toda cor ideológica e formação
E que sente tristeza, vaidade, frio e calor.

Nada perde o rumo ou sente decepção
Tem gente silente que se doa em amor
E a corpo desabitado a natureza diz não.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Consórcio

A alma do corpo não é dissociada
Ambos seguem unidos por um fio
Uma alma sem corpo não é nada
Um corpo sem alma é saco vazio.

Alma pode tocar aquilo que sente
Corpo acompanha onde alma vai
Se um ou outro continua ausente
Aquele que atrás fica o outro atrai.

Talvez até o juízo final mais além
Seguirão os dois juntinhos assim
Sem que nunca os separe alguém.

Não é nenhum consórcio chinfrim
Tampouco conveniência também
É então vitalício contrato até o fim.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011