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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

A morte um dia virá

No fim restarão aquelas almas chorosas,
que descobriram fim dos tempos de repente;
embora este, tão cantado em versos e prosas,
sempre estivesse nos nossos dias presente.

O homem sabe do fim, embora não comente,
por isso suas virtudes ditas corajosas;
que, parece, o mantém comandando o ambiente,
como a plantar um bonito jardim de rosas.

O homem, Don Quixote, de tristonha figura,
o qual caminha por aí amoque num delírio,
e goza desta vida estimulante e bela.

Vivendo, livre sem pensar na sepultura,
porque viver e morrer nunca foi martírio,
a morte porém, um homem jamais anela.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

À morte

A morte nivela, os valores despedaça,
porque ricos e pobres a um ignoto envia;
primeiro, o corpo preso sob a laje fria,
mas alma, a vagar por algum ignoto passa.

Some da percepção quando noite, ou se dia,
há certa indefinição, uma clareza escassa;
e terrível medo pela existência grassa,
numa indizível eternidade vazia.

A tal ceifadeira desmancha nosso norte,
então, empalma tudo que existir possa,
e certamente nada depende da sorte.

Escolha dalgum destino sequer é nossa,
porque a última palavra será da morte,
da qual todo ser vivo leva dura coça.

domingo, 23 de setembro de 2018

Superstição

Vende, a religião, passe pra vida eterna,
fala que arrependimento a todos redime;
que o universo, uma força divina governa,
e que estamos a mercê de seu regime.

Contudo, consequente a existência moderna,
o homem desprezando o divino e sublime;
grande extravagância material externa,
afirmando que riqueza e prazer não é crime,

Portanto, hedonismo e fé entram em conflito,
ao homem dissoluto o céu não lhe interessa,
mesmo porque não acredita no infinito.

E lhe parece que tudo é falsa promessa,
a qual advém de culto a um antigo mito:
que após da morte nossa vida recomeça.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Homem e a Terra

Morre-se um pouco a partir do dia que nasce,
a tal morte vem sem explicar os porquês;
estende-se a todos ninguém fica pra indês,
então fadamos a encontrar horrível face.

Aproveitemos antes que esta vida passe.
cada dia vivamos, um de cada vez;
por todo ano, toda semana e todo mês,
porquanto a morte não escolhe clã ou classe.

Sejamos guardas deste Planeta cortês,
que nos acolheu tão favorável assim;
se o conservarmos, um certo dia, talvez,
nós faremos parte dalgum lindo jardim.

Se formos vítimas de nossa estupidez,
levaremos a vida na Terra a espúrio fim.
.










sexta-feira, 13 de julho de 2018

A estrada

E pela estrada alongada, brumosa,
uma caminhada estóica e doída;
passos medidos, mas alma ferida,
entre obstáculos, a face chorosa.

Claro, não existe caminho de rosas,
porque toda senda é a própria vida;
e ao nascer já estamos de partida,
envoltos em neblinas vaporosas.

Sombras poucas, nas luzes ardentes,
nunca há silêncio, apenas rumor,
as aves antecipando poentes.

Pernas cansadas pensamentos cheios,
sem ânimo e lucidez pra se impor;
pois viver é morrer por outros meios.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

A vida

Talvez não nos caiba questionar a existência,
a respeito dela emitir um grito sequer;
porquanto a vida na sua real essência,
é tão somente o que a natureza nos der.

O existir da vida não explica a ciência,
talvez porque não é um fenômeno qualquer;
e não se pode ter alguma deferência,
que no Éden criou-se o homem e a mulher.

Nem de longe a vida é criação do poeta,
a vida é um evento a ser levado a sério,
esteja fervilhando, ou num canto quieta.

Claro, que sua origem constitui mistério,
que a totalidade das criaturas afeta,
e que só terminará no ermo cemitério.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Ao Rei da ilha

Foi-se a utopia que não deu certo
nfernal,  povo  carrega  o  piano
eleita-se o comandante esperto
m  pele  de cordeiro,  um tirano
iberdade em Cuba, maior deserto.

astro: nossa sociedade mais justa!
penas um asno acredita nisso
abemos quanto a utopia custa
oda Havana virou vasto cortiço
ealidade banal nos assusta
O comunismo lá, perdeu o feitiço.

domingo, 3 de junho de 2018

Gullar

Fêz-se à luz o grande vate Gullar
Ele voltou pra onde tenha partido
Retorna para o próprio patamar
Retiro onde a poesia faz sentido.

Eterno será seu franco poetar
Imune a um modismo desmedido
Resta-nos entendê-lo peculiar
Ah! Gullar faz muito bem ao ouvido!

Gratos por poeta que deixou marca
Um ilustre vate maranhense
Ligado neste mundo esse monarca!

Lá se vai para lugar onde pertence
Agora dos vates é patriarca
Reinará sem um trono no non sense.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Morte

Corpos rígidos jazem nos ataúdes
Pétreos, cada um com rosto níveo
Já não importam males e virtudes
Só com os vermes será seu convívio.

Mas há aqueles em plenas juventudes
Que a morte lhes trouxe algum alívio
Pois os comprometiam suas saúdes
Levando seus corpos ao vão declívio.

Suas almas buscam ares celestes
E para tanto envergam novas vestes
Através dos labéus da eternidade.

Mas morre por último a esperança
E quem a espera jamais se cansa
Até que a morte, nosso corpo invade.

domingo, 24 de dezembro de 2017

A ceifadeira

E, mortais são todas as criaturas
Por mais que viva, cada uma morre
Está escrito, então assim decorre
Pra toda gente, em todas as culturas.

Hipócritas e, também, almas puras
Vai o sóbrio, e o carinha de porre
Sedentários, e aquele que corre
Saudável, e aquele do mal sem cura.

Morre-se como remédio faltasse
A medicina não te livra a face
Você pode ser bom, mas é mortal.

Buraco para o ateu e o piedoso
Um fim ameno ou um fim doloroso
Não importa, morte é sempre igual.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A baleia e o homem



Nadando plácida e livre a baleia
Cruza sem esforço todo oceano
Enquanto no mar peixe enxameia
O bicho nada por baixo do pano.

Muitas vezes, o animal vagueia
Como se não tivesse algum plano
Provavelmente de barriga cheia
Porém não comportamento insano.

Só que este cetáceo está ameaçado
Pelo mamífero mais desgraçado
Aquele que mata por simples prazer.

E que num futuro vai ser extinto
Pelo bruto de maldade faminto
Que nas chamas do inferno vai arder.

sábado, 18 de novembro de 2017

Quando eu me for

Quando eu for, favor não chorar por mim
Prefiro que guardes essa tua dor
Por certo é melhor que seja assim
E lembrar do melhor seja onde for.

Quando eu for, por favor sorria sim
Prefiro que não fiques em torpor
Somente meu corpo chegou ao fim
Os que ficam ainda podem compor.

Na cova não há beleza ou bondade
E tampouco espaço para saudade
Apenas muita paz, tão somente.

Nossa alma não tem nenhuma vontade
Só um grande silêncio a invade
E, naturalmente, ela nada sente.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Poesia morre?


Em alumbramento, o vate morre
Então seu corpo inerte vai pra essa
E nada neste mundo já o socorre
Apenas sua obra a nós interessa.

Passou a vida fazendo poesia
Tratou de romance, existência, luar
Agora cobre-lhe o corpo a laje fria
E sualma estará em outro lugar.

E do seu acervo que trato agora
Morre com ele toda a produção?
Ou apenas o poeta se foi embora?

Na cova profunda, na escuridão
O poeta lembrando tudo, chora
Pois só poesia lhe trazia tesão.





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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Vida

Vida não é ontem ou amanhã, é agora
Eivada desses tempos invernosos
Vivamos animados ou nervosos
Pois todo dia tem uma nova aurora.

Não se deixe levar por medo antigo
De algum desmotivante inverno frio
Lembre que sempre à frente corre o rio
E nosso caminho é livre, lhe digo.

Não somos prisioneiros numa gaiola
Tampouco, esperemos da vida esmola
Porque o fim é uma sepultura fria.

Onde se acabam todas as aflições
Onde se responderão os senões
E haverá paz onde houvera agonia.

domingo, 22 de outubro de 2017

À morte

Esta vida frágil, que pouco dura
É caminho reto em direção a morte
De fato, nos fornece passaporte
Para viagem a uma prisão escura.

A última morada, a tal sepultura
Ideia que não há quem a suporte
Então não será nem questão de sorte
É o preço final da vida aventura.

Descemos então ao sepulcro gelado
Após nosso derradeiro suspiro
Com o velho coração já parado.

E ao negror terrível eu me refiro
Àquele que a ninguém será negado
A não ser ao corpo de algum vampiro.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Essa tal de vida...

Existe uma força descomunal
A qual, por si, cria e destrói igualmente
Está presente em qualquer animal
Como em plantas, da raíz à semente.

Tudo ela corrompe até seu final
Pois vai seguindo amoque e tudo sente
Sendo indiferente ao bem e ao mal
É dinâmica, sempre indo pra frente.

Quem a tem, acha-se um ente de sorte
Mesmo sendo caminho só de ida
E que as vezes nosso sonho aborte.

Podendo ser ela curta ou comprida
Ainda que achem que se trata de morte
Saibam! seu nome de batismo é vida.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Morte

Por mais que conquistemos nesta vida
Marchamos em direção à sepultura
Malcheirosa, esconsa, também escura
Recôndito de carne apodrecida.

Porém a morte será fim da lida,
Dessa existência que se fez ventura
Fornecida pra cada criatura
Numa senda medonha desmedida.

E a morte será o único evento
Completo, final e definitivo
Que não admite sequer complemento.

Ela alcança todo e qualquer ser vivo
Pois não contempla nenhum sentimento
E também não explica se tem motivo.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Sina

Pois é, todos estaremos mortos, um dia
Porquanto morte é um evento esperado
Mas pra cada pessoa sua hora varia
Embora para seres vivos seja o fado.

Morrer supomos, é acabar a energia
Dum corpo que por viver está esgotado
Haverá morte súbita e morte em agonia
E cada ser vivo sua cruz terá carregado.

A morte, pra vida representa a ruína
Então extermina para sempre um sonho
Só permanece a saudade do que termina.

Contudo, ao passar-me, não mais exponho
O trabalho que construí, a minha sina
Por mais ingênuo, solitário ou bisonho.