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sábado, 20 de outubro de 2018

Caminhar é viver

Quando, enfim, os óbices da vida tu aceitas,
pois então, teu curso traçado abandonas;
tenderás percorrer sendas menos perfeitas,
aventurando-se por estranhas zonas.

Novas paisagens e caminhos aproveitas,
visões magníficas, então te emocionas;
teus olhos como fazendo boas colheitas,
em longas caminhadas iguais maratonas.

Seja vencendo campos ou subindo ao cume,
tudo que fizeres ganharás o teu dia,
porquanto viver a caminhar se resume.

Repare, tudo que vês é somente poesia,
o que ouves é música, e sentes o perfume,
agora essa vida jamais será vazia.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

A cruz de cada um

E depois de tanto tempo ainda vou a frente,
talvez porquanto não se desfez o meu sonho;
e o vou seguindo, mesmerizado, mudamente,
mesmo que, muitas vezes, um tanto tristonho.

Sabendo que nada acontece de repente,
ater meu destino nas mãos, então me ponho;
com ferocidade, de modo assaz ardente,
na esperança dum certo futuro risonho,

O escopo da nossa vida não é ser feliz?
pois então, vamos a procura dessa luz,
pois quem procura sempre alcança, assim se diz,

Então, cada dia essa busca me conduz,
e talvez, um dia eu me encontre em Paris,
porquanto, cada qual carrega sua cruz.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

A estrada

E pela estrada alongada, brumosa,
uma caminhada estóica e doída;
passos medidos, mas alma ferida,
entre obstáculos, a face chorosa.

Claro, não existe caminho de rosas,
porque toda senda é a própria vida;
e ao nascer já estamos de partida,
envoltos em neblinas vaporosas.

Sombras poucas, nas luzes ardentes,
nunca há silêncio, apenas rumor,
as aves antecipando poentes.

Pernas cansadas pensamentos cheios,
sem ânimo e lucidez pra se impor;
pois viver é morrer por outros meios.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Caminho

Quem é este vivente que o espelho revela,
que, de propósito, meu pensamento entorta;
enquanto o julga burro como uma porta.
pensando que não é espelho, mas uma janela?

Essa imagem a uma outra dimensão atrela.
certamente onde ou quando não importa;
então pouco interessa se a esta ou aquela,
e que este espelho poderá ser uma porta?

Porém, entender essa questão, quem me dera!
digo que a única certeza é estar sozinho,
e que nosso destino é destemida fera.

Seja pois mais humilde, seja comezinho,
porquanto o Planeta nada de você espera,
siga somente o antes traçado caminho.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

No caminho da vida

Pouco importa o que nesta vida anelo,
e do que consiste aquilo que sonho;
ou quanto mistério por aí desvelo,
e mesmo no que minhas fichas ponho.

E pouco importa se desejo alento,
ou se continuo andando à frente;
porque sou dono do meu pensamento,
e as dores da vida sou eu quem sente.

Então, não sou homem de chorumelas,
tampouco de só traspassar remanso;
confio demais em minhas canelas,
e se tenho meta, corro e não canso.

Pra mim barreiras da vida são belas,
portanto quando eu as encontro, avanço.


sábado, 10 de março de 2018

Tributo a Cervantes

Internet - zings.es

A frente e atrás, uma mesma estrada,
a percorrer com calma ou loucamente;
vai um cavaleiro em triste jornada,
em busca de algo, ou de alguém ausente.

Mas, por que essa longa caminhada,
sob forte chuva ou calor ardente;
porque aquela Dulcineia amada
o ignora, talvez completamente?

Mas, Quixote atacando seus moinhos,
não se cansa de percorrer caminhos,
os quais levem ao coração da fada.

E mesmo cansado, continua assim,
todo o sofrimento lhe é chinfrim,
não desiste dela jamais, por nada.

domingo, 14 de janeiro de 2018

A estrada

No caminho desta vida vou a passos
Respeitando a direção da estrada
Sinto que com tudo não tenho laços
Andando de coisa nenhuma ao nada.

Nômade de trote vazio de abraços
Começo a jornada com alvorada
Tentando conquistar novos espaços
Em cada trilha quando começada.

De passo a passo vencendo um tanto
O mal desta vida perde o encanto
Caminhar é seguir com esperança.

Neste mundo de enorme desafio
Subir montanha, atravessar o rio
Com atitude que jamais se cansa.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

La vita va...

A vida é cornucópia fremente
Que deseja despejar seu domínio
Então toda a natureza consente
Porque a existência tem tirocínio.

Sob esta batuta é terra fulgente
Contudo, não de curso retilíneo
Semelha mais deslocar da serpente
Apenas com certo furor sangüíneo,

Vida move a foca e perfuma a rosa
Pode ser medonha ou bem airosa
Anda cada espécie no seu caminho.

A  vida faz sua própria história
Podendo ser na lama ou na glória
Porém nenhum vivente vai sozinho.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Andarilho

Um homem andando pelo caminho
Sorumbático e triste soluçava
Tinha razão, a vida lhe era brava
Preferia então caminhar sozinho.

Muito cedo ele abandonou seu ninho
Agora, tristonho já não cantava
Havia mandado o mundo às favas
Mas, se consolava bem baixinho.

Andando, se perguntava o porquê
Talvez procure algo que não se vê
Muito além da imaginação sua.

Dúvidas? Pergunte só ao sereno
Este tem o conhecimento pleno
Do que esperar andando pela rua.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Está escrito?

Há aqueles que acreditam na tal sorte
Sem a qual estariam talvez perdidos
É certa fé tão maior que seus sentidos
Que lhes fornece um potente norte.

Agora eu, se não for bastante forte
E não der crédito a meus ouvidos
Vendo-me sujeito ao desconhecido
É normal que a coisa toda entorte.

Então, acho que não está escrito
Que o destino será feio ou bonito
E que o caminho será desse geito.

Meu amigo, destinados não estamos
Nosso caminho? Só nós o traçamos
Nada absolutamente está feito!



quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Vida

Vida não é ontem ou amanhã, é agora
Eivada desses tempos invernosos
Vivamos animados ou nervosos
Pois todo dia tem uma nova aurora.

Não se deixe levar por medo antigo
De algum desmotivante inverno frio
Lembre que sempre à frente corre o rio
E nosso caminho é livre, lhe digo.

Não somos prisioneiros numa gaiola
Tampouco, esperemos da vida esmola
Porque o fim é uma sepultura fria.

Onde se acabam todas as aflições
Onde se responderão os senões
E haverá paz onde houvera agonia.

sábado, 29 de julho de 2017

Viver? É só viver!

Na eterna busca da nossa felicidade
Talvez encontremos desalentos também
Porquanto sequer existe voz que nos brade:
"Venham por este caminho que só luz têm."  

Contudo, nos leva nas costas, a esperança
E pela vida nos faz tudo que pudera
Enquanto nosso corpo no ignoto se lança
Onde só o mais forte nunca se desespera.

Contudo, levamos nas costas, o passado
Repleto com todo o saber deste milênio
Sinceramente, nem notamos se é pesado.

Se com o mundo estabelecemos convênio
Levamos o equilíbrio bem ao nosso lado
Sendo que pra viver não precisa ser gênio.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Nada é como queremos

Genial, se como queremos, tudo fosse
E, cada coisa, mesmo todas, detalhadas
A observar, nossas mentes extáticas, pasmadas
Então o mundo, a nós, pareceria um doce.

Porém, isso implicará em sempre vencer
O mais das vezes, nossas mãos manietadas
Ávidos, perdemos saborosas bocadas
E acredite, nunca ninguém vai se condoer,

Contudo, haverá conformidade na morte
O que não é afirmação animadora
E tampouco o mapa da busca do tesouro.

Vida, linha inconsútil, não existe corte
Igual como todo o duro caminho a fora
Só que de contorno áspero e duradouro.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Caminhos...

Já não sei quais caminhos, são tantos
Caminhos esconsos e tortos, percorri
Desde quando fatalmente me vejo aqui
Nesta terra de sorriso, dores e prantos.

Contudo não são só vieses, há encantos
E transcende demais, o por do sol em si
Olhando e imaginando coisas que não vi
São tantas as lindezas em tais espantos.

Porém há que se participar do existente
Não há sequer chance de não ser assim
Tudo está ali, basta crer, sem um crente.

Porquanto à existência, há de dizer sim
Acreditar que a natureza nunca mente
E em consequência seguirá até seu fim.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Mundo cruel


Caminho solitário, indiferente à luz
Não busco entender meus sentidos
Nem noto as cores, sequer os ruídos
Não ligo pra onde estrada me conduz.

Pela poeira e região hostil eu navego
Traçando linhas como fossem retas
Busco sempre nada, sem seguir setas
Tateando aqui e ali como fosse cego.

Pois nada tenho, só uma alma vazia
E meu coração que esconde verdade
Pois tudo que houve não mais existia,

E jamais dependeu de minha vontade.
Com este mundo não sinto  sintonia
Porquanto está saturado de maldade.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Caminhaço


O meu caminho somente eu traço,
Moderado, não vou fazer façanha.
Posso querer passar por um Paço,
Ou mesmo escalar uma montanha.

Se andar para frente insisto e abraço
E a transpiração no rosto me banha
Não importa tenho régua e compasso
E me incentiva uma formidável sanha.

Com determinação e vontade de aço
Obstáculo piramidal não me estranha
Continuo obstinado nesse meu traço

Como ataca nas águas uma piranha
Em momento algum me torno lasso
Vou até o final de minha campanha.

domingo, 22 de maio de 2016

É o caminho

Poesia é gasolina e vate é o motor
Ambos caminham juntos até na dor
Nas terríveis insones madrugadas
O poeta sequer respeita as paradas.

Continua alumbrado, vivaz, fluente
Fixando versos que saem da mente
Até quando a luz do dia amanhece
E aurora da vigília os dedos aquece.

E assim se repete todo santo dia
Pois poesia não tem hora marcada
Há que poetar na tristeza e alegria

Sem contar com condão da sua fada.
Vai poeta, seque sozinho e sem guia,
Como se dores da alma fossem nada!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O bom caminho


Por que uma vida assim tão estranha?
A qual corrompe, engana e amargura
Porquanto com isso enfim nada ganha
E talvez te estimule à terrível loucura.

Por que da vida todas as leis profana?
E grita aos céus blasfêmias eloquentes
Que desrespeitam a condição humana
E ofendem profundamente as gentes?

Tu estás inspirado em desejos loucos
Incapazes de se sincronizarem à vida
Repare que esses sonhos são poucos.

Que te levam a uma estrada só de ida
Onde não se ouve seus apelos roucos
Muito menos se cura sua alma ferida.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Mundo hostil

Carrego o pesado mundo nas costas,
E vergo-me debaixo de grande peso
Nas minhas escolhas perdi as apostas
E sequer meu caminho parece coeso.

Não sei do mundo qualquer resposta
Caminhando lento, cansado, indefeso
Que, portanto, termine logo esta josta
Pois a este drama me encontro preso.

Não é fácil viver neste mundo insano
O qual nada oferece e me cobra tudo
E que ninguém sabe qual é seu plano.

Por mais que queira nada disso mudo,
Ainda que viver é locupletar o engano
Porque neste mundo sou tão só miúdo.