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quinta-feira, 12 de julho de 2018

Terremoto

Telurismo amedronta com voz rouca,
enquanto todo solo treme e inclina;
toda gente se sente pequenina,
quando a segurança parece pouca.

Inaugura-se uma azáfama louca,
obscurecida por atra neblina;
oriunda de poeira bem fina,
que penetra nos cabelos e touca.

Sob o sol estende-se grosso manto,
cada vivente temeroso um tanto,
hirto, aterrorizado no olhar.

Sentindo a sua vida por um fio,
alma paralisada, corpo frio,
sem saber onde tudo vai chegar.


sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Covardia

Espreitando atrás de vidros opacos
Estes estranhos covardes estão
Pois ali se escondem os mais fracos
Mocosados, com medo de avião.

Desafios os reduzem a cacos
Pouco importa o que os outros dirão
Eles põe as cabeças nos buracos
Criando para si, mera ilusão.

E desconhecem suas vistas foscas
Tateiam como voam certas moscas
Então rastejam tal qual velhas lesmas.

Covardes não encaram os seus medos
Frente a eles permanecem quedos
Suas reações sempre são as mesmas.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Vida

Vida não é ontem ou amanhã, é agora
Eivada desses tempos invernosos
Vivamos animados ou nervosos
Pois todo dia tem uma nova aurora.

Não se deixe levar por medo antigo
De algum desmotivante inverno frio
Lembre que sempre à frente corre o rio
E nosso caminho é livre, lhe digo.

Não somos prisioneiros numa gaiola
Tampouco, esperemos da vida esmola
Porque o fim é uma sepultura fria.

Onde se acabam todas as aflições
Onde se responderão os senões
E haverá paz onde houvera agonia.

sábado, 5 de agosto de 2017

A vida é...

Pois pra viver, intensamente cada dia
Terá que jamais permanecer tipo quedo
Então livrar-se dos fantasmas da agonia
Evitar evento que lhe provoque medo.

Coragem? é bravura que covarde alia
Ao movimento que nos aponta um dedo
Torna-se então um bravo contra a vilania
Porquanto, todo vilão sempre acorda cedo.

De tempos outros distantes, eu me recordo
Quando fácil e leve a vidinha fluía
Todos confortáveis e felizes a bordo.

Na vida nada de especial se fazia
Éramos talvez muito felizes, concordo
E, quase tudo era assunto de poesia.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Pensando

Esta tarde escorrendo por meus dedos
Enquanto, mudo, pras paredes falo
Dizendo-lhes porque calo meus medos
E porque sonhos na verdade embalo.

Frágil dentro, lá fora desafio
Pássaros vão desafiando o vento
A multidão na rua flui como rio
Então, para mim, guardo pensamento.

Derreto-me na tarde de janeiro
Esperando que passe o longo dia
Navego como trágico barqueiro.

Vendo a vida como muito não via
Caminhando triste neste sendeiro
Faço das minhas agruras, poesia.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Adrenalina?

As consequências ruins nem ligo
Tenho no corpo coragem incontida
Assim enfrento e não busco abrigo
Lúcido o audaz com o perigo lida.

Algumas pessoas adoram o perigo
Desafiam o medo para sentir a vida
Realizar-se ao olhar próprio umbigo
Encarando morte de cabeça erguida.

Não é minha praia, eu garanto isso
Atrever-se para afirmar-se corajoso
Louco não sou, pois possuo toutiço.

Ignoro se não arriscar é ser medroso
Nem digo que pode parecer omisso
Apenas continuar vivo é maravilhoso.

sábado, 2 de julho de 2016

À prudência

É assim, os dois pés colocados no chão
Sem essa desses desafios ditos radicais
E foi assim pois que se faz a perpetuação
Meio que só feijão com arroz e nada mais.

A história da humanidade repleta de ação
Diz que pusilanimidade de nossos iguais
Redimiu o que não encaravam algum leão
Eles sobreviviam e tornavam-se bons pais.

Nada deveras impele o homem ao perigo
A ele cabe preservar aquela saudável vida
Longe de feras, abismos e fogo, lhe digo.

Insista em perpetuar-se, ó minha querida
Não despreze a prudência tipo, nem ligo!
Apenas siga com cuidado não seja suicida.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Nova infância

De novo era aquele menino
De novo falava com bichos
Não fazia nenhum desatino
Havia encontrado seu nicho

No rosto não lhe faltava riso
Cantar como badalar de sino
De quem agora perdeu o siso
Impossível? Não, era destino.

Sem medo de cair no abismo
No pé de manga agora subia
No mundo não havia sismo

Ele sempre alegre se sentia
Sem medo sem pessimismo
Viver assim era o que queria.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Ao machão

Sou rei da cocada preta, meu irmão!
E, por isso, somente eu tenho razão
Tenho ojeriza de gay e gente de cor
E pro comunista sou rolo compressor.

Mostro-me amigável pra obter ganho
Com esses tolos que por aí arrebanho
Uns têm wi-fi, outros fazem boca-livre
Tolos vocês são, eu sei como se vive!

E na calada, sinto falta dum amplexo
Me masturbo e na punheta me acabo
Mas no fundo prefiro heterodoxo sexo.

Então sonho que me tacam um nabo
Dói, rasga, mas tem sentido tem nexo
O sonho que realizo de dar esse rabo.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Sinistrose

A noite com aquele silêncio sinistro
Parece um caleidoscópio de medo
Existe fantasmas em mim, registro
Que só vão embora amanhã cedo.

Os fantasmas se revelam num grito
O qual confunde o silêncio de fora
Na minha cama permaneço contrito
Até que a fantasmagoria vá embora.

Minha noite é um verdadeiro horror
Porque, não sei, permaneço na cama
Sei que tenho demônios no interior.

Portanto esse é meu terrível drama
Que me acompanha seja onde for
Geralmente quando visto o pijama.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

A cada um o que merece


É, as vezes choro e muitas vezes rio,
Pois quando a vida me bate aborreço
Como aproveita-la eu não desconfio
E receita de felicidade eu desconheço.

E, sem noção, pelo instinto eu me guio
Apenas julgo que tenho o que mereço
O que a vida me oferece eu não porfio
Na certeza sei que tudo tem seu preço.

Claro, gostaria de ter tudo que pudesse
Queria ter o mundo e permanecer quedo
E aproveitar cada coisa como acontece.

Porém sei que terá quem levantar cedo
Desse universo aproveitará uma messe
E ficará na expectativa quem tem medo.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Tenha medo de ter medo


Medo, esse sentimento estranho
As iniciativas humanas ele tolhe
Traz somente perda e não ganho
E diante dele nossa alma encolhe.

Mas o medo não redime ninguém
E uma vida de coragem sem medo
É tão possível vive-la muito bem
Sem permitir avassalar-se quedo.

Mas quando esse sentimento vem
E consigo vem trazendo segredo
Toda a esperança se vai também.

Então para continuar com enredo
Não há que existir algum porém
É começar viver desde muito cedo.

domingo, 7 de junho de 2015

À morte


O medo de morrer, um frio na barriga
Noite insone, temendo fria escuridão
Fantasmas, pesadelos, há quem diga
Mas morte ceifadeira não é pura ilusão.

Há, porém, aquele mortal que não liga
Pensa, ao inevitável destino, dizer não
Topar com certeza da morte não instiga
Como a exigir da morte, sua absolvição.

Mas, um dia, todos estaremos na essa
E até negadores na mesma horizontal
Que à morte compraz de matar à beça.

Porquanto somos todos mortais, afinal
E falecimento é apenas fim que começa
Preço que se paga por ter nascido mortal.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Nem lasanha nem piranha


Noite calada, uma rascância estranha
De vagarinho minha atenção apanha
E medo sutil meu pensamento ganha
Será perigoso ou somente patranha?

Como a escalar a íngreme montanha
Sobe de intensidade aquela manha
E meu temor essa subida acompanha
Estou receoso pois não gesto façanha.

Trêmulo, aquele calafrio na entranha
Será um avantesma cheio de sanha?
Ou algo inocente fazendo artimanha?

Mas enfim uma esperança me banha
Apenas um bicho fazendo campanha
Quem faz o bulício? a inócua aranha!

domingo, 22 de junho de 2014

Medo de ter medo


Medo, esse sentimento estranho
As iniciativas humanas ele tolhe
Traz somente perda e não ganho
E diante dele nossa alma encolhe.

Mas o medo não redime ninguem
E uma vida de coragem sem medo
É tão possível vive-la muito bem
Sem permitir avassalar-se quedo.

Mas quando esse sentimento vem
E consigo vem trazendo segredo
Toda a esperança se vai também.

Então para continuar com enredo
Não haverá que existir algum porém
É começar viver desde muito cedo.