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quinta-feira, 12 de julho de 2018

Terremoto

Telurismo amedronta com voz rouca,
enquanto todo solo treme e inclina;
toda gente se sente pequenina,
quando a segurança parece pouca.

Inaugura-se uma azáfama louca,
obscurecida por atra neblina;
oriunda de poeira bem fina,
que penetra nos cabelos e touca.

Sob o sol estende-se grosso manto,
cada vivente temeroso um tanto,
hirto, aterrorizado no olhar.

Sentindo a sua vida por um fio,
alma paralisada, corpo frio,
sem saber onde tudo vai chegar.


terça-feira, 5 de setembro de 2017

Terrarismo

Movem-se as placas e o solo estremece
Essa crosta que parece haver dormido
Em pontos estranhos enrugando-se cresce
Apavorando com furor de seu ruído.

Das obras humanas, um nada permanece
Caos descomunal quase tudo perdido
Certa solidez que havia, desvanece
Experiência que não faz nenhum sentido.

O Homo surpreso por ser assim destarte
Não acostuma ao telurismo, jamais
Não entende que independe de sua parte.

E não sabe que terremotos são normais
Uma forma do Planeta mostrar sua arte
De um ser imponente sobre os demais.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sismo em Lisboa

Soneto-acróstico

Foi naquela sexta feira dita santa
A santa Lisboa vivendo tranquila
Terremoto de uma absurdez tanta
Arrasou cais, cidade, arredores, vila.

Látego divino que pois se agiganta
Temeu cristão na sacristia, na fila
Estrondo, que todo povo espanta
Reduzindo tudo, e Lisboa aniquila.

Rio Tejo as mansas águas revolteia
Envolvendo os incautos ribeirinhos
Morrem afogados até na densa areia.

Ouça o céu, não estamos sozinhos!
Terror e perdão previdência semeia
Outra vez encontraremos caminhos.