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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Lucidez

 As vezes, esta minha mente errante,
que frequenta livraria e não bares;
se perde pelos pelágicos mares,
de translúcidas sereias cantantes.

Mas, vejamos, sou apenas figurante,
o qual observa a verdade nos ares;
aves com seus argentinos cantares,
e astro-rei com seu brilho cintilante.

Transcendência disso me deixa aflito,
porquanto tudo mostra a claridade,
aquilo que no esconso está escrito.

Avassaladora essa imensidade,
porquanto algo que tange o infinito,
alcançando as raias da eternidade.

domingo, 1 de abril de 2018

Mundo interno


Um mundo habita dentro de mim,
pois sinto a presença a cada passada;
sinceramente, não sei se era assim,
quando não me dava conta de nada.

E se isso é bom, ou mesmo ruim,
não me cabe julgar essa parada;
porquanto não vou gastar meu latim.
enquanto percorro minha jornada.

Não é fácil viver entre os insanos,
erra, quem presumir que sabe tudo,
pois, havendo mais erros há mais danos.

Então me recuso pois ficar mudo,
calado, por conta de meus enganos,
pois vou andando para frente contudo.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Texto meu

Fico feliz quando um texto faz-se amigo
Porque sinto que o fardo não me é pesado
Talvez seja da qualidade a qual persigo
Portanto, me resta responder: obrigado!

Debito à inspiração se, e quando consigo
Ao alumbramento por ter se manifestado
Pois produzi um bom poema ou artigo
O que chamo dum escrito em bom estado.

Portanto vale o que se escreve com ternura
Eis que, em agradecimento se traduz
Uma mensagem que para sempre perdura.

Afirmo: mais ainda, um bom texto traz à luz
Assim, resultado de perfeita tessitura
Que à reflexão de qualidade nos conduz.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A Morte

A inescapável morte, esse tremendo evento
Um sonho crudelíssimo, assim nos parece
Ainda que ninguém veja nela, benesse
Alcança a humanidade cento por cento.

E talvez alguma reflexão aqui coubesse
Um meio de desviar nosso pensamento
Que ela venha de muito longe em passo lento
Chegando bem suave, sem causar estresse.

E, quando chegar, não cause nenhum tumulto
Pois bata com suavidade à nossa porta,
Sem alguma maldade ou preconceito oculto.

Haja ela com naturalidade bem aberta
E não nos cause transtorno nem insulto,
Nos convencendo que é esta a coisa certa.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Vivendo

Aqui, eu, cansado, no ocaso da vida
Caminhando, percorri meio mundo
Subi montanhas e desci mais fundo
Carrego tristeza, cicatrizes e feridas

Nem sequer sei se bastante aprendi
Nesta escola-mundo que percorro
Porque nada veio em meu socorro
E nem lembro daquilo tudo que vi

Também não sei se sempre fui assim
E se como era, esqueci, ai de mim
Agora no horizonte vejo meu porto

Esperando-me pra ancoragem final
Que tudo que começa acaba, afinal
Porque daqui a pouco estarei morto.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Mundo interno


Um mundo habita dentro de mim,
pois sinto a presença a cada passada;
sinceramente, não sei se era assim,
quando não me dava conta de nada.

E se isso é bom, ou mesmo ruim,
não me cabe julgar essa parada;
porquanto não vou gastar meu latim.
enquanto percorro minha jornada.

Não é fácil viver entre os insanos,
erra, quem presumir que sabe tudo,
pois, havendo mais erros há mais danos.

Então me recuso pois ficar mudo,
calado, por conta de meus enganos,
pois vou andando para frente contudo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Eternidade

Escutando então das nereidas o canto
Tens passeio pelos campos de algas
Estás descalço nessa praia um tanto
Regalado enquanto os céus cavalgas.

Não és sequer algum pássaro albatroz
Indiferente cruzando pelo firmamento
De marujos descalços assim sem voz
Ajuntas frágeis conchinhas ao relento.

Divagas no dorso de cavalos marinhos
E serás grão de areia, estás convencido
É como vai seguindo pelos caminhos.

As palmas floridas de sabiás terão ido
Logo tu percebes que estás sozinho
Imaginado que talvez sonho terá sido.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Reflexo

Há um átimo, um mero instante
Que o tempo não se completa
Não é largo ou longo o bastante
Para alcançar a desejada meta.

Há que ficar então numa espera
Daquele fatídico fugaz momento
Que perdido, para sempre já era
Pois pra longe terá ido ao vento.

Que amor existente entre bocas
Não definhe infeliz e silencioso
Como fora entre existência ocas.

E que seja um romance curioso
De envolvimento e paixão loucas
Animado de um futuro venturoso.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Mundo cruel


Caminho solitário, indiferente à luz
Não busco entender meus sentidos
Nem noto as cores, sequer os ruídos
Não ligo pra onde estrada me conduz.

Pela poeira e região hostil eu navego
Traçando linhas como fossem retas
Busco sempre nada, sem seguir setas
Tateando aqui e ali como fosse cego.

Pois nada tenho, só uma alma vazia
E meu coração que esconde verdade
Pois tudo que houve não mais existia,

E jamais dependeu de minha vontade.
Com este mundo não sinto  sintonia
Porquanto está saturado de maldade.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Sinal trocado


Percebe-se pois um ar preocupante
Se o simulacro é tão mais importante
Do que aquele que agora representa
Homem passou a simples ferramenta.

Os valores primários de sinal trocado
Seres humanos tangidos como gado
E se enaltece representação artificial
O que é figurado está acima do real.

Fico pois pensando com meus botões
Onde está nos humanos, humanidade?
Passaram de seres, a meros senões?

Perdeu-se pra a sempre a sociedade,
Caíram num vácuo as nossas paixões?
E tudo que é sólido cai na vacuidade?

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Professor


Quero compartilhar esse colorido
Desse por do sol encantado assim
Do mesmo céu quase sem sentido
Que busca refulgência de carmim.

Nem quando a tevê estiver ligada
E nela aparecer tão famoso herói
Saiba que não posso ensinar nada
E isso, no fundo, me magoa e dói.

De que vale aprender tudo então
E da vida sequer ser um professor
Repetir tão somente o ramerrão?

Ou, literalmente, aos amigos impor
Os ideais em completa imposição
Como se fôramos grotesco ditador?

sábado, 21 de novembro de 2015

Pastiche


Pois existe um perfume a pairar por ai
Que, sinceramente, não sei donde vem
Há no meu jardim algo que nunca vi?
Se não for de você, não é de ninguém.

Existe no horizonte um brilho estranho
Que, sinceramente, não sei o que será
Quando eu decifrá-lo sei que nada ganho
Melhor deixa-lo então do jeito que está.

Em silêncio os campos floridos percorro
Vagando liberto e solto como preto forro
Mas nada que encontro sequer me seduz

Porque em nenhum lugar encontro você
E sei também que você jamais me vê
Porque tudo é escuridão, me falta luz.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Noite

A noite, afirmam, é mau conselheira
Ela, os enganos do homem esconde
Pra que vejamos sua face verdadeira
Há que procurar muito, não sei onde.

E nunca se mostra sequer curiosa                                       
Quando o sol amanhecente a ilumina
A noite, confirmam, morre silenciosa
Sobre dia que nasce e qual sua sina.

E conforme deve ser, sempre escura
Vagarosa, triste, misteriosa e fluente
Por todo o tempo que tão pouco dura.

Não se preocupa a noite com a gente
Porque não a influímos nesta altura
Pois como o dia, ela É simplesmente.

sábado, 5 de setembro de 2015

Inquirição


O que existe nesse tenebroso abismo,
Que surtado de medo jamais profano?
Onde existe dúvida e mortal ceticismo
Indicando um mundo ignoto e insano?

Seria o caso de procurar o exorcismo
Antes que me cause irreparável dano
Ainda que fundo seja mero misticismo,
Afoiteza, daquele que comete engano

Ah! Mas a infatuidade jamais perdoa
Quem a revela, levantando esse véu
Preferível dúvida cruel a qual magoa.

Então, melhor viver ignorante ao léu
Como quem está neste planeta à toa
Que da consciência tornar-se um réu.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Reflexo


Quem é esse carinha no espelho
Que olha como quem me conhece?
E que parece esperando conselho
Enquanto sua pergunta esquece?

É alguém que certamente conheço
Porquanto muito comigo se parece
Só não percebo qual seria o preço
Se comunhão entre nós  houvesse.

Porém esse sujeito resolvo ignorar
Porque vê-lo assim tão envelhecido
Me desperta um tão profundo pesar
Por alguém que não sei como lido.

Então para termos interação salutar
Finjo que é um cara bem conhecido.

terça-feira, 19 de maio de 2015

À arte


Quanto desalento por essa arte ingrata
Que lágrimas e sangue do artista cobra
Quase sempre com desprezo ela o trata
Independente do quanto custa sua obra.

Contudo a tal arte ao artista nunca mata
Pois este submetido, o seu talento dobra
Como afirmando: aqui, respondo na lata!
No meu trabalho minha dedicação sobra.

Porquanto, não choro a derramada tinta
E cada vírgula, ponto, parágrafo ou traço
Que lavro, quero que toda a gente sinta.

Faço da arte, com humanidade meu laço
Embora as vezes pode parecer que minta
Minha arte como minha vida é o que faço.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Soneto-acróstico Preocupa-se

Tanto era o tempo de cada questão
E tanta preocupação com a resposta
Mesmo a cada vez um possível não
Por certo aquilo apenas uma aposta.

Ou importa saber porque perguntar
Quem exprime somente curiosidade
Uma vez que levará a outro patamar
Então terá que existir uma verdade?

Eu acho melhor sono sereno embalar
Não viver em busca do certo-errado
Só assim nossa vida se torna regular

Infeliz daquele homem preocupado
Nunca deixando de em torno olhar
Achando que o resto está enganado.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Reflexão


Quem é esse carinha no espelho
Que olha como quem me conhece?
E que parece esperando conselho
Enquanto sua pergunta esquece?

É alguém que certamente conheço 
Porquanto muito comigo se parece
Só não percebo qual seria o preço
Se comunhão entre nós  houvesse.

Porém esse sujeito resolvo ignorar
Porque vê-lo assim tão envelhecido
Me desperta um tão profundo pesar
Por alguém que não sei como lido.

Então para termos interação salutar
Finjo que é um cara meu conhecido.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Vagamundo

Pela estrada o destino vou buscando
Assim como toda gente costuma fazer
Reflito sobre esta vida enquanto ando
Pois sei, vida é passagem do vir a ser.

Sou portanto o peregrino, um viajante
Que desta vida não espera mais nada
Sigo pesaroso, triste por essa estrada
Olhando para além para mais adiante.

Essa é a busca de um tempo perdido
O qual eu talvez não encontre jamais
Porquanto o passado por mais querido.

São tantos caminhos agora desiguais
Que certamente foram muito divertidos
Antes presentes, no presente não mais.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012