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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Criando

As vezes, tudo que sei a meus versos empresto,
e minha mente, até a gramática devasta;
e um soneto tranquilo, fluente e honesto,
tranquilamente me vejo pondo na pasta.

Registro portanto, cada vírgula ou gesto,
enquanto minha criação nunca se arrasta;
porque é desse modo que me manifesto,
e aquilo que sei fazer em geral me basta.

E da gramática minha vontade arranca,
produto de minha autoria que não vendo,
porquanto me seduz apenas o fazer.

E, afirmo, tudo feito de maneira franca,
mesmo que o resultado pareça horrendo,
garanto que essa feitura me deu prazer.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Musas


Minhas musas comportam-se tal como fadas,
agem nos meus textos, ditam minhas rotinas;
as vezes, me acodem ideias repentinas,
talvez, vindas das comissuras desdobradas.

Minhas musas não têm cabeças coroadas,
nem se ocultam nas atras esconsas neblinas;
porém, suas vozes se fazem argentinas,
quando buscando vates ganham as estradas.

A distância ouço, quando a musa por mim chama,
mesmerizado, sem pensar em nada, a sigo,
porquanto seduz-me essa cativante dama.

Mas permaneço bem se ela não vem comigo,
quando brava, minha presença não reclama,
porque sei que será sempre meu forte abrigo.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Criando

À natureza bela que me inspira,
ao versejar ameno, não fremente;
que consome nossas almas na pira,
mas apenas o que meu íntimo sente.

Fico feliz quando algum verso medra,
como a delicada flor num jardim;
mesmo que seja meu jardim de pedra,
tosco e carente, bem maltrato enfim.

Tanto melhor quando o fazer é lento,
então algo memorável vem depois;
produto puro de meu pensamento,
do meu coração, ou talvez dos dois.

E sempre penso naquilo que faço,
como sendo uma parte de mim;
mas se resultado parecer lasso,
faltou-me talvez alento por fim.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Meus versos

As vezes, afinal, canto os astros
Em composições que as vejo belas
E também versejo poemas castos
Quando os enxergo da minha janela.

Tanto vejo lama como alabastro
Mas também viajo pelas estrelas
Que na minha mente deixam um rastro
Versar, melhor jeito de removê-las.

Então, mostro o que existe por aqui
Tudo que sei, que desejo e que vi
As coisas nas quais estamos imersos.

Contudo, percebam, não busco palmas
Tampouco me interessam as almas
Quero apenas construir meus versos.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O soneto

Poeta? Não, mas uns versos cometo
Como uma marcha bem estruturada
Faço quatorze versos dum soneto
Que alinham uma coluna na estrada.

Vão juntos combinados dois quartetos
Que conduzem as rimas afinadas
Encerram a fila mais dois tercetos
Rijos e fulminantes como espadas.

Com decassílabos ou alexandrinos
Versos ritimados e cristalinos
De forma lúcida e sempre gentil.

As vezes se referem a quimeras
Também enaltecem as primaveras
E do autor vão traçando um perfil.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Versejando

Espremi o suco de cada estrofe
Como se fora inspirado poeta
Embora eu nem um pouco filosofe
Penso que essa forma é mais direta.

Fazer rimas, pra mim é lucidez
Que no meu cérebro vai explodindo
Encontro nelas um pavio talvez
Que detona a lírica modo lindo.

Nestes versos não há conciliábulos
Apenas exponho uns belos vocábulos
Que desejam exprimir as ideias.

Ideias tais que não causem assombros
Também não reduzam tudo a escombros
E não sirvam pra grandes panaceias.

domingo, 23 de julho de 2017

Indriso - Procurando fazer

Indriso é uma nova modalidade poética formada por dois tercetos, seguidos de dois monósticos (estrofes de apenas um verso). As rimas e a métrica ficam a critério do autor. Eu adotei versos decassílabos e pretendo experimentar rimas, como faço nos sonetos. Neste caso, adotei rimas repetidas em todos os versos.

Descobrir como se faz eu preciso
Por certo, tento parecer conciso
Não é caso pois, de ser indeciso

Sequer sei em que solo então piso
E, por isso, leio tudo e pesquiso
Contudo, vou lhes dando um aviso

Mas parcialmente a frente diviso


Como fazer um quase bom indriso!

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Versejar

Pois é, acordei com a mente desolada!
Contudo, poetar eu simplesmente quero
Como eu devo resolver esta parada
E que seja poema solúvel e austero?

O cérebro: tua cabeça está cansada
Pois isso será um problema muito vero
Por acaso nossa mente não pensa nada?
Então, normalmente, isso eu não espero.

Portanto, que tal se fizer versos tacanhos
Sem qualidade, sem afeto ou sabor
Os quais aos leitores lhes pareçam estranhos
Como aqueles que não costumo compor?

E também não sei se tais versos trarão ganhos
Ou traduzem cores e perfume da flor.

domingo, 6 de novembro de 2016

Versos mortos

Sei que poeta não sou, não me iludo,
E por saber, não os tenho enganado,
Entretanto, ao invés de ficar mudo
Componho meu soneto requentado.

Publico meus versos mortos, contudo
Pois é melhor que deixa-los de lado,
Mesmo sem métrica, rima e conteúdo
Mostrá-los ao mundo sou compulsado.

Meus versos são ruins e sigo avante,
Ninguém jamais será Mário Quintana
Pois sempre será único esse gigante.

Em minha defesa, não faço chicana
Tampouco me considero importante
Mas aos detratores dou uma banana.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Vingança é um prato que se come em versos


Todo poeta tem trabalho a fazer
E quando não o fizer ele dança
Um deixa marca outro quer ser
Porém todos deixam lembrança.

Poetas! Exalta-se a sociedade
Esses seres destituídos de glória
Loucos, vivem longe da verdade!
Morrem, vai com eles sua história.

A vates neste mundo não há lugar
Até àquele que ao poder se lança
E que assim atingiu um patamar
E de tão alto pode fazer cobrança.

Então vai poeta, faça seu poetar
Com intuito apenas de vingança.

domingo, 18 de outubro de 2015

Ser poeta


Ser poeta não é escrever versos,
Tampouco alinhar algumas rimas.
Talvez ouvir a risada do universo
E estender aos lerdos sua estima.

Poetas não vivem alumbramento
Eles nascem com especial visão
Pois procuram na fímbria do vento
O fóton de luz e sua real posição.

E até ouvem estrelas dizem por aí
Coisa que não ouso mais duvidar
Embora tenha ouvido falar, não vi.

Os vates não comem, vivem de ar
E bebem néctar de cores, concluí
E então encontram outro patamar.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Ao soneto

Soneto-acróstico

Sendo o soneto um verso enquadrado
Onde bem se espera estrofes perfeitas
Nada de muita invenção, tudo somado
Então caminha-se por sendas estreitas.

Tendo as regras que regem a seu lado
Assuma que estrofes devem ser feitas
Nenhum verso vai permanecer isolado
Desse modo, dissidências não aleitas.

O soneto porquanto acaba dando certo
Provando que quando fores persistente
Outro poema tu o fizeste muito esperto.

Retenha ímpeto e verseje mui contente
Apenas mantenha o pensamento aberto
Ínclito será este teu soneto a toda mente.

domingo, 8 de março de 2015

Soneto-acróstico

Meu ABC

Arquitetando uma palavra, uma rima
Busco aquele troqueu quase prefeito
Como a transliterar uma obra prima
Dedilho meu teclado sem muito jeito.

Então, pouco a pouco o soneto vem
Fingindo ser alumbramento estranho
Gira em torno dum assunto também
Há de ao lirismo trazer algum ganho.

Invejo, uma inveja branca por certo
Judiciosos poetas e sua inspiração
Leio o expresso adivinho o encoberto

Mas o poetar exige mais que emoção
Nos meus poemas aos leitores alerto
Ouso dizer-me vate pelo sim pelo não.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Meu ABC


Algum dia gostaria de ter certeza
Bons fluídos baixariam no meu dia
Conduzindo-me a muita destreza
De modo a fazer uma boa poesia.

Então sem esmorecer eu prossigo
Fazendo versos e algumas rimas
Gostem ou não gostem, nem ligo
Hoje está ótima minha auto estima.

Indo à uma fonte buscar inspiração
Já logo vou mexendo nas palavras
Longe de ligar pro que outros dirão.

Mesmo enquanto tu não gostavas
Nos meus versos coloquei emoção
Ousei, bati na lírica com uma clava.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Soneto-acróstico


Se assunto interessante me inspira
Ou algum evento merece atenção
Nestes casos desensaco minha lira
E faço versos cheios de pretensão.

Tenho consciência: não sei poetar
Outros vates o fazem bastante bem
Apenas desejo ao lado deles estar
Ouvindo e rimando como convém.

Soneto são quatorze versos apenas
O que abordar um evento permite
Nem necessita construir uma cena.

E vou versando como fosse grafite
Tentando expor uma ideia plena
Ousando um pouco além do limite.

domingo, 24 de agosto de 2014

Pastiche

Eu não preciso, mas se preciso for
Duma ferida um poema então faço
E até sem engano mas com ardor
Estreito e aperto muito mais o laço.

De que me adianta saber portanto
Se haverá ou não vida em marte
Pois isso nada me traz, enquanto
Nada posso lhe oferecer ou dar-te.

Quando a noite chega adormeço
E tudo que passou durante o dia
No meu sonhar profundo esqueço.

E a cada amanhecer com alegria
Vivo novamente o que eu mereço
Coloco meu sentimento na poesia.

sábado, 28 de junho de 2014

Versos mortos


Sei que poeta não sou, não me iludo,
E por saber, não os tenho enganado,
Entretanto, ao invés de ficar mudo
Componho certo soneto requentado

Publico meus versos mortos, contudo
Pois é melhor que deixa-los de lado,
Mesmo sem métrica, rima e conteúdo
Mostrá-los ao mundo sou compulsado.

Meus versos são ruins e sigo avante,
Ninguém jamais será Mário Quintana
Pois sempre será único esse gigante.

Em minha defesa, não faço chicana
Tampouco me considero importante
E aos detratores dou uma banana.