Nasce simples fio, então vai
crescendo,
encorpando por outros, forças ganha;
águas barrentas, vivas e fervendo,
arremete com furiosa sanha.
Agora um fenômeno tremendo,
acha-se capaz de qualquer façanha;
vai rolando e o que apraz fazendo,
campos, vilas e metrópoles banha.
Corrente imperiosa que arrasta,
porém, quando extravasa devasta,
porquanto tudo encobre com as águas.
Nada o impede, matas e gramados,
obstáculos não os há, são levados,
provável que só permaneçam mágoas.
Pois é, caro vate, assim são águas do mundo e as águas da alma, retratadas magnificamente neste belo soneto. Um abraço. Tenhas uma boa tarde/noite.
ResponderExcluir