quinta-feira, 30 de abril de 2015

A lucidez da loucura

Neste mundo há cônscios e poetas
Traçam próprios rumos os primeiros
Os segundos vagueiam sem metas
E não lhes conquista nem dinheiro.

Um tico de laissez faire mal não faz
Emocional e racional de mãos dadas
Quando um se acha vivente audaz
O outro cria imagens emocionadas.

Não importa qual foi porém sua lida
Mas no fim todos vão prá sepultura
Independente de como foi sua vida.
Tudo acaba um dia e nada perdura

Não haverá portanto qualquer saída
Abaixo toda lucidez e viva a loucura!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

A viagem

Desde pequenino tinha uma pauta
Que nem sequer o deixava dormir
O desejo maior era ser astronauta
Para o espaço sideral ele queria ir.

Mas nem tudo sai como desejado
Dá rasteiras muitas vezes, a vida
Quando o melhor sonho dá errado
Admite-se pois abraçar outra lida.

Se tornou inviável espaço sideral
Melhor pois em outro mar navegar
Embora não sendo assim tão legal.

Sentado em frente à tela no seu lar
Interastronauta em viagem virtual,
Ali transporta-se pra qualquer lugar.

terça-feira, 28 de abril de 2015

A estrada


Partido, se partiu a rumo qualquer
Mesmo que em viagem só de ida
E intenção de não voltar ele tiver
Sem nem dizer a razão da partida.

Vai por um caminho no seu andar
Que serve ao seu propósito talvez
E não interessa quando vai chegar
Porque destino é um de cada vez.

Vá pois andante, mas não esqueça
Todos os caminhos levam a nada
Cuide apenas não perder a cabeça
Nem tomar qualquer atitude errada.

E ao mundo todo portanto ofereça
Alegria e descobrimento da estrada.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

O dial é a solução

Pois jogo de futebol na televisão
Antes de mais nada uma chatura
Não deixa margem à imaginação
E entope a mente enquanto dura.

Sem narrador chato tipo Galvão,
Bem mais degustável nos saberia.
Assim, esse tipo de transmissão
É antes de tudo grande porcaria.

Cabe-nos tomar atitude portanto
Vamos pois anular essa anomalia
Exterminar esse burro quebranto,
Eliminar da tevê o som que havia.

Acabamos com esse desencanto
Como num velho passe de magia.

domingo, 26 de abril de 2015

Um dia depois do outro

Na montanha russa que é essa vida
Há dias e dias estranhos, veja você.
Há dias que se trafega por avenida,
Outros por becos sem saída, PQP!

Mar calmo todo tempo, nem pensar!
É tempero da vida qualquer percalço.
Dia de Big Mac, véspera de manjar,
Dia de festa prenúncio de cadafalso.

Só temos que aproveitar no entanto,
Daquele azedo limão fazer limonada
E gozar das delícias em cada canto.

E não se deixe fica mal humorada
Se contrariedade te leva ao pranto,
Espante essa zica com uma risada.

sábado, 25 de abril de 2015

Assim é


Sejam quais forem, idílicas mamas
De negras daquela África explorada
Ou da branquela euro caucasiana
São telas onde olhos fazem morada.

Mamas fornecem o néctar de Gaia
Sem o qual o animal não é ninguém
A humanidade nadou naquela praia
E até hoje o faz quando lhe convém.

E seios não são brinquedo, veja você
Pois não foram feitos pra seu deleite
São fonte de alimento para o bebê
Local donde saudável, goteja o leite.

Porquanto a grande maioria aceite
Seio fica guardado onde não se vê.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Escute se quiser


Se viver congregado o homem aceita
E na louca vida urbana dá mergulho
Do stress e agitação achou a receita
Porque conviverá com muito barulho.

Pois silêncio passa a ser uma utopia
Daquela vida idílica longe da cidade
Que, no fundo, todo homem gostaria
Pois o avesso é perder humanidade.

Busca ele então o silêncio redentor
A ausência de barulho que acalma
Onde não há sequer um mero rumor.

Daí o homem seu espírito empalma
Porquanto não há ruído em seu redor
Porque silêncio é redenção da alma.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dia 23 de abril.


Hoje o livro é saudado mundialmente
Que sem dúvida esse objeto merece
Nenhum artefato fez mais pela gente
Então para ele elevamos uma prece.

Viva o livro, tão pródigo, tão modesto
Mesmo que existam outras maneiras
De informar sobre conquistas e o resto.
Esse que já foi cremado em fogueiras.

Meios eletrônicos vieram para ficar
Porém, livro continua na prateleira
Pois algo jamais ocupará seu lugar.

Então, tirem de seu livros a poeira
Sente-se numa cadeira de espaldar
Leiam-nos debaixo de uma figueira.

Reminiscências


Da minha infância lembro dos riachos
Dos bagres e lambaris nas corredeiras
Quando pesca de anzol era brincadeira
E vida toda era descontração, eu acho

Iscas de minhocas, rolha, anzol e linha
Bornal atravessado, na cabeça o boné
Mais vontade que peixe, bem mais até
E bastante disposição é o que se tinha

Porém é do tico-tico que mais lembro
Nidificando em meados de setembro,
Quando nos arbustos seu ninho fazia.

Ainda hoje é muito vívida a lembrança
Do quanto fui aquela realizada criança
Que ouvia pio do tico-tico com alegria.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Soneto

Ora, se tem soneto me obrigo a lê-lo
Porquanto me seduz ele de montão
Será como esgrimir num raso duelo
E que vença o mais inspirado então.

Por não me saber poeta, é pesadelo
Pensar sequer em minha abstração
Porque meus versos são de atropelo
Ou de amador na mais pura acepção.

Entretanto faço saber a toda gente
Que não estou encarando a parada
E estou tentando tão simplesmente
Glosar essa criação assaz inspirada.

Mas juro, fico em extremo contente
De ler essa composição iluminada.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Vestida de gala

Vestida de gala, esperando lá estava
Usando talvez o seu melhor perfume
Até com colar de pérolas ela contava
E num rosto virtual nenhum queixume.

Vestida, bem baixinho só cantarolava
Imaginando que àquela triste canção
Uma entonação argentina então dava
Ao calor de aplausos de viva multidão.

Então vestir-se bem para fazer poesia
Esperando ansiosa que chegue o dia
Como o pássaro que estação espera

Sem a certeza que até lá ainda canta
Que assim pois permitirá sua garganta
Quando finalmente chegue primavera.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Passando no Paço


Porque há uma impressão no Paço
Dos que aqui passaram no passado
E que perderam régua e compasso
Não concluíram se assim ou assado.

Porquanto todos contam os passos
Se estes melhores forem contados
Que não abundem, sejam escassos
Daqui prá acolá, prá todos os lados.

Pois bem que em todos os espaços
Alguns não partem por terem ficado
Mesmo que lhes sobre algum traço.

E já que tudo se tornará o passado
Minhas passadas devagar eu refaço
Porquanto se não o fizer eu fracasso.

domingo, 19 de abril de 2015

19/04 - Dia do índio

Soneto-acróstico

Havia milhões deles na lusa chegada
O “descobrimento” invadiu sua terra
Já portugueses cuja existência irada
Equacionou-os numa cruenta guerra.

Depois veio a ocupação e extermínio
Inclinados à paz perderam a batalha
Assim consolidou o lusitano domínio
Daquela exploração maldosa e falha

Os índios quase sempre a fraca parte
Íntimos de bichos, da terra e da mata
Não resistiram à pólvora e bacamarte.

De então para cá, silvícolas se mata
Indefesos, eles, sem algum baluarte
Objeto da insânia “civilizada” se trata.

Sou repentista, obrigado!


Se me julgam tal qual um repentista
Que na hora tem reposta para tudo
Saibam que por certo não me entrista
Somente acarinha meu ego sortudo.

Acúlea arte popular esse tal repente
Tal como velha literatura de cordel
Se confundido com ele, fico contente
E me convenço que faço meu papel.

Viva todos repentistas deste Planeta
Artistas que põem o dedo na ferida
Mesmo que alguns lhes façam careta.

Eles parecem até brincar com a vida
E em sua arte não há qualquer treta
Porquanto sua missão está cumprida.

sábado, 18 de abril de 2015

Tributo a Garcia Marquez

Há um ano

A realidade mágica deve ser a Garcia
Grata por seus cem anos de Macondo
Aonde floresceu a fina família Buendia
Beijando o tempo e a morte se opondo.

Romance de qualidade que não se via
Independente e a literatura compondo
Enquanto G. Marquez fiel a descrevia
Longe de literatice, romance estrondo.

Garcia foi a Macondo onde agora mora
Atravessou incólume temas polêmicos
Recebeu prêmios deve estar feliz agora.

Cem anos sempre um romance totêmico
Indiscutível que tem qualidade da hora
Apenas não o vejamos como acadêmico.

Diálogo

Ele e ela, apaixonados, a se encarar
Como flor despetalando à beira mar
Um falar sem subterfúgios tão aberto
Que esse trocar de juras parece certo.

Dele, o desejo de vê-la como sereia
Fluindo suave como valorizar a areia
Ela, ansiosa de cair em seus braços
A estreita-la transcendendo os laços.

Diálogo que tão comprometidos os faz
E cria o mais profundo envolvimento
Num maior enlace que o amor é capaz

Ambos, agora acariciados pelo vento
Atados nesse nó de amor tão pertinaz
Deixam levar-se por inelutável advento.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Insetos


Barata, elas dizem, asqueroso bicho!  
Então o medo as faz subir na cadeira
E a vassoura as expulsa para um lixo,
Pois a Blattellidae é praga derradeira.

Já, o pernilongo, hematófago inseto
Chega zunindo, se fazendo anunciar
E pica qualquer hora debaixo de teto
Invade, sem cerimônia, interior do lar.

Mas há por aí um tal bicho carrapato
O qual, não tem ânus, o cientista diz
Mas que é sugador de sangue de fato.

Contudo há um inseto que parece feliz
A joaninha, colorida que é um barato
Coleóptero que é tudo que barata quis.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Escargô


Lá vem rastejando o lento caramujo,
Cheio de preconceito homem o trata:
Essa lesma nojenta, molusco intrujo.
Então, enojado, muitas vezes o mata.

Visando redimi-lo eu as vezes corujo,
Mesmo que não seja um bicho pirata,
Vale tanto como um cachorro sabujo,
Que alguns homens colocam na nata.

Dessa lesma que por comível estrujo
O gurmê francês deglute com batata
À moda campaniére, à maneira Araújo.

E também muito mais lhe digo na lata
Se num cardápio aparece, eu não fujo
Como, lambo os beiços, faço bravata.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Ao cãochorro

O cão é do homem o seu melhor amigo,
Dá conforto e lealdade sem cobrar troca
Plácido amor que não cobra nem sufoca
E se é rico ou pobre ele pensa: nem ligo.

Mas se injuriam meu companheiro: brigo
É desse modo que o cão amizade coloca
Enquanto o homem as vezes não se toca
E a qualquer falha, põe o cão de castigo.

Muitas vezes o trata pior que preto forro
Quando apenas quer o doméstico bicho
Que tratem pelo que é: apenas cachorro.

Animal que entre homens quer ter nicho,
Onde, quando necessitar, tenha socorro
E não ouça do homem: prá você me lixo!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Soneto-acróstico

Ao machão

Sou rei da cocada preta, meu irmão!
E, por isso, somente eu tenho razão
Tenho ojeriza de gay e gente de cor
E pro comunista sou rolo compressor.

Mostro-me amigável pra obter ganho
Com esses tolos que por aí arrebanho
Uns têm wi-fi, outros fazem boca-livre
Tolos vocês são, eu sei como se vive!

E na calada, sinto falta dum amplexo
Me masturbo e na punheta me acabo
Mas no fundo prefiro heterodoxo sexo.

Então sonho que me tacam um nabo
Dói, rasga, mas tem sentido, tem nexo
O sonho que realizo de dar este rabo.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Rimando por aí

Rimar é coisa à toa, contudo tem graça 
Dá cadência ao verso e um ritmo traça
É como as brilhantes tintas de aquarela
As quais compõe paisagem de certa tela.

Ainda que rimar facilmente pois se faça
Não é atributo de todo mundo, da massa
Rima melhor artista apaixonado por ela
Que a seus sentimentos vai dando trela.

Quando existe palavras de rima escassa
O destino dalgum vate limitado então sela
E ao deparar-se com elas o poeta passa.

Fecundo é o aedo que boas rimas atrela
E um tema bem desenvolvido ele abraça
Porque compondo, jamais se descabela.

domingo, 12 de abril de 2015

Cagando e andando

Cagar desse universo é a suprema lei
Caga o papa, a Dilma, e cagou Maria
Confesso, na rua um dia eu me caguei
Lambuzando as pernas, e como fedia.

Dizem, só o bicho carrapato não caga
Porquanto lhe falta o necessário fiofó
Imagine do ser humano essa bela saga
Comendo, tripas entupidas de dar dó.

Quer natureza que homem cagão seja
Independente do que gostar de comer
Podendo comer feijoada e beber cerveja.

Nossa bosta é ente humano no vir a ser
Dela viemos e a ela voltamos, pois veja!
Cada troço um ser humano deve conter.

sábado, 11 de abril de 2015

Você e o tempo

Para o tempo somos abstração apenas
Seres rastejantes, existências pequenas
Achar-nos reis da cocada preta é moda:
“O tempo não influi e nosso mundo roda”.

Mas essa pretensão, esse ledo engano
Nos conduz á mediocridade a cada ano
A humanidade não existe por si somente
A produziu o tempo, este que não sente.

Conquanto, dentro de um átomo qualquer
O âmago desse tempo mostra a que veio
E o que está no Planeta assim ele o quer.

Seja dos seres pensantes até o mais feio
Que obcecado vive pensando em mulher
Lembre que não veio ao mundo a passeio.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

À cagada

Porquanto fazer merda é o justo direito
Desde que, justamente, seja bem feito
Soltar o barro no ventilador é, portanto
Dever de quem está injuriado um tanto.

Porque direito de bostear não se herda
Se você encontra-se irado, jogue merda
Ao cagar sua defecação vira um artefato
Que perdido estaria se ficasse no mato.

Chateado, cague e coloque no ventilador
Seja em privado, em público ou onde for
Tudo de bom encontre nessa caminhada.

Sentindo que amenizará a estranha dor
Não permaneça pois parado, em estupor
Distribua com toda grandeza sua cagada.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Pois é


No rosto, na expressão, no gesto perfeita
Estampa que penetra no cérebro persiste
Existência normal, sequer alegre, ou triste
Mas tão real que pergunto, de que é feita?

E por ser artificial qualquer trabalho aceita
Porquanto só na telinha aparece e existe
Ao ser assediada mantém sorriso em riste
Não lhe incomoda ideologia, fome ou seita.

Contudo, meu amigo, uma imagem apenas
Incólume a todo bem, bem como a todo mal
Porisso não há falhas grandes ou pequenas

Está pronta para absolutamente tudo afinal
Sem reclamações e sem fazer tolas cenas
Trata-se pois de uma apresentadora virtual.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Labuta

Não enxergo nestes dias sem futuro,
Propícia ocasião de honrar trabalho
Algo que valha a pena tacar o malho
Saindo para sempre de trás do muro.

Contudo, trabalhar as vezes procuro,
Se disse outra coisa foi um ato falho
Porquanto labutar é bom prá caralho
Trabalho é como lanterna no escuro.

E ainda existe mais alguma vantagem
Trabalhar e dar duro para ter dinheiro
É tudo de bom, contrário à vadiagem.

Mas aqueles vagabundos o ano inteiro
Em nome do pernicioso ócio eles agem,
Ainda gastam tudo que têm no puteiro.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Fidelidade canina

Esse animal tendo mais que tal instinto
Ao que ele chama de amigo é mui fiel
Como a roupa do corpo, como chapéu
Não sabe trair, nunca é falso, eu sinto.

Por mais que o homem não o quisesse
Segue-o até seu último e cruel destino,
Sem quaisquer deslustres ou desatino
Até o fim, até que último suspiro cesse.

Porquanto o cachorro escolhe ser feliz
Seja no palácio ou no meio da avenida
Se ali está, é justamente porque o quis.

Não lhe interessa como estará sua vida
Se a sorte por ser fátua está por um triz 
Vale apenas sua fidelidade a toda brida.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O poste

Ereto, a beira da rua ou no morro
Mudo, ali parado desde tempo ido
Geralmente velho, de ferro fundido
Mijado fedendo a urina de cachorro.

Ainda que projetado de mau gosto
E maioria não o veja, não pergunte
Serve de referência ao transeunte
É naturalmente de bêbado encosto.

Nunca está sozinho, vive em hoste
E, umas vezes, ali bate uma cabeça
Seja querido ou ninguém dele goste.

De qualquer modo dele não esqueça
Nenhuma cidade vive sem um poste
E lamentará quando ele desapareça.

domingo, 5 de abril de 2015

Coelho da páscoa


Com ornitorrincos me confundem
Ovos são eles que costumam por
Então pelo amor de deus, mudem
Logo esse preconceito, por favor.

Hoje não posso ouvir: chocolate!
O meu pêlo todo até se arrepia
Dói, e uma total tristeza me bate
Adoeço ao ouvir falar desse dia.

Páscoa, eu nada tenho com isso
Ávido chocolateiro me dá trabalho
Só que não tenho compromisso.

Comendo ovos como um atalho
O chocolate é produto de feitiço
Ao que gosta, gosta prá caralho.

sábado, 4 de abril de 2015

Ah, esses coelhos!


Povo de chocolate enche a barriga
Ávidos, são chocólatras de joelhos
Sem pejo, o consumismo nem liga
Convictos, sequer ficam vermelhos
Ou é somente conjetura que intriga
Alguém já chocou ovos de coelhos?

Poeta

Após disposto o mundo, a inquietude
Consequente à autonomia do homem
Neste momento as restrições somem
Então poesia nasce em sua plenitude.

Ah, ainda que lhe falte amor ou saúde!
E as coisas uma ruim direção tomem
Enquanto as dores sualma consomem
O bom vate em alumbramento se ilude.

Haverá momentos de talento e criação
Que mui inspirados despertam o esteta
E olhando à frente um vate não diz não.

Desperta subjacente vontade completa
De soltar os bichos com sua inspiração
Por consequência assim nasce o Poeta.