terça-feira, 30 de junho de 2015

Templando


O tempo é impiedoso meu amigo
E não espere dele contemplação
Tampouco o trate como um perigo
Pois depende dele sua redenção.

Porque tempo não favorece tédio
Todo dia é exatamente novo dia
Para envelhecer não há remédio,
E para fim da vida não há alforria.

Porém sofrimento você que o faz
Pois o tempo somente te ignora,
E você viverá quanto o for capaz.

Para morte ele marca dia e hora
E desde sempre para o fim te traz
Então agradeça se não for agora.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Tenha medo de ter medo


Medo, esse sentimento estranho
As iniciativas humanas ele tolhe
Traz somente perda e não ganho
E diante dele nossa alma encolhe.

Mas o medo não redime ninguém
E uma vida de coragem sem medo
É tão possível vive-la muito bem
Sem permitir avassalar-se quedo.

Mas quando esse sentimento vem
E consigo vem trazendo segredo
Toda a esperança se vai também.

Então para continuar com enredo
Não há que existir algum porém
É começar viver desde muito cedo.

domingo, 28 de junho de 2015

À igualdade

Soneto-acróstico 

Machos e fêmeas sempre iguais serão
Assim os concebeu a sábia natureza
Contestar aquele evento da evolução
Há que manter a discriminação acesa.

Infenso à igualdade, machismo grassa
Seja na arraia miúda, ou entre nobéis
Toda essa gente defecando na praça
Apedeutas idiotas vão fazendo papéis.

É lamentável que isso aconteça ainda
Burrice da mais peçonhenta qualidade
Uma vez machista, seu respeito finda.

Richard Timothy Hunt e a bestialidade
Rei do besteirol que mundo prescinda
Opositor da integração e da igualdade.

sábado, 27 de junho de 2015

Homo stultus


Milhões e milhões de sinapses cerebrais
Multidão amorfa, atenta em certo conjuro
Que tornam os seres humanos racionais
Pensam como Planeta se tornará impuro.

Porquanto este ser que quer sempre mais
Polui, suja tornando ambiente um monturo
Porquanto mais que tantos outros animais
E por qualquer motivo, para mim obscuro.

O Homo, anônimo no interior da multidão
Cobre todo o Planeta por mero capricho
Dizendo que outros poluem, mas ele não.

Esse energúmeno, maior produtor de lixo
Que um dia afundará na sua vil putrefação
Se diz humano e não um irracional bicho.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Medito


Homem, ser que pensa que outro ser não pensa
Sempre se julgando o supra sumo, esse homem
Acha que por ser bicho racional e ter uma crença
Não tem grilhões e não existe leis que o domem.

Contudo, na morte quando os vermes assomem,
Talvez lhe venha à mente uma tardia descrença
Lutar não adianta contra larvas que o consomem,
E então, por fim, algo há que o abata e o vença.

Por isso, poetas desta web, eu penso na ventura
E do nada que somos neste imenso firmamento
E na constatação que neste mundo nada perdura.

Talvez, somente o melhor do nosso pensamento
Que incorporado ao que denominamos de cultura
Terá duração eterna, nunca se perdendo ao vento.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Meteorologia


Cúmulos nimbus de carrancas escuras
Raivosos na abóbada azul da natureza
Quando os vejo negros sobre planuras
Sei que poderão causar alguma tristeza.

Ameaçadores na atmosfera enegrecida,
Vejo que o aviador certo medo empalma
Preocupado com ameaça a alguma vida
Ainda que o CB vá deslizando em calma.

Porém com céu límpido isento de bruma
Voo assim é como brincadeira de criança
Preocupação com tempo quase nenhuma.

Porque o GPS leva ao porto da bonança.
Como navegante ao iniciar voo supunha
Porquanto é essa sempre sua esperança.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Algum dia


Ser um poeta sagaz quem me dera
Porquanto, falta-me a palavra forte
Que conquiste o coração da galera
E eleve meu nome além da morte.

Sinto que no fundo me falta a paixão
A qual faz do homem um grande vate
Que navega as rimas com inspiração
E para cada verso faz justo arremate.

Porém continuo procurando a musa
Que finalmente me dê alumbramento
E clareie minha métrica tão confusa.

Sei que um dia em algum momento
Entenderei exatamente como se usa
A palavra que não se perca ao vento.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Outro pastiche de Augusto dos Anjos

Clausura

Naquele claustro de salas silenciosas
De paredes úmidas e úmidas arcadas,
Abóbadas sombrias, feias, tenebrosas,
Na vastidão silente, sérias e caladas.

Vagueiam tristemente murchas rosas
Guardando cinzas de vidas passadas,
Freiras e monjas, sóbrias e tristurosas
Escondendo suas almas mal amadas.

E à noite, quando rezam na clausura,
No segredo das orações misteriosas,
Nem sombra da mais leve de ventura.

Só as arcadas romanas e misteriosas
Veem as tais prisioneiras com candura
Entendendo que isso as faz corajosas.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Reflexo


Quem é esse carinha no espelho
Que olha como quem me conhece?
E que parece esperando conselho
Enquanto sua pergunta esquece?

É alguém que certamente conheço
Porquanto muito comigo se parece
Só não percebo qual seria o preço
Se comunhão entre nós  houvesse.

Porém esse sujeito resolvo ignorar
Porque vê-lo assim tão envelhecido
Me desperta um tão profundo pesar
Por alguém que não sei como lido.

Então para termos interação salutar
Finjo que é um cara bem conhecido.

domingo, 21 de junho de 2015

Outros tempos


Porquanto antigamente era assim:
Quando há de ser o venturoso dia,
No qual vou colher a flor do jardim?
O noivo, apaixonado, à noiva dizia.

Mas a noiva, na hora o noivo repelia:
Não posso, que vão pensar de mim?
Só depois da cerimônia essa alegria
Nós só faremos amor depois do sim!

Contudo, a coisa mudou para evoluir
Agora outros tempos, outra imagem
A noiva quer logo com o noivo dormir.

Castidade e pudicícia é só bobagem
Ambos queremos para o sexo partir
Antes de tudo queremos sacanagem.

sábado, 20 de junho de 2015

Noturno


Recolheu-se o sol para sua casa
Tornando o dia tênue, moribundo
Então veio noite de negrura rasa
Na sombra escondendo o mundo.

No entanto algo no imo me abrasa,
Algo que com iluminação confundo
Uma fulgente luz que de mim vasa,
Experimento especial tão profundo.

Será meramente um oculto desejo,
Recalcado pelos instintos animais
Que com olho da alma sinto e vejo?

Ou o negror me faz enxergar mais
Dando-me poderes, ou até traquejo
Que à luz da lua semelham portais.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Na janela

Soneto-acróstico

Espantando no campo o espantalho
Rosa ao sol, girassol, bela na janela
Afinal naquela vida não existe atalho
E ela, bela, a espera naquela vil cela.

Lábios rubicundos, como de groselha
Apenas ali, sem desdenhar o encanto
Naquele panorama visto de esguelha
Assim, substituto dum amargo pranto.

Já que nem é Gabriela nem Carolina
Amanhece como o sol, em formosura
Não que seja somente essa sua sina.

E o rouxinol cantando a guisa de jura
Louva seus olhos claros e a bela crina
Ali naquela janela tudo mais tem cura.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Disputa


Era uma vez duas irmãs siamesas
A tal mentira que fortunas constrói
E a irmã verdade pobre e indefesa
Pois mentira exalta e verdade dói.

Mas uma e outra caminham juntas
Nunca, jamais concordam, contudo
Portanto cabe aqui uma pergunta:
Importa quem tem mais conteúdo?

Mas se apostarmos numa corrida
Numa disputa que jamais se vira
Que custe os valores desta vida
Tenha apenas a verdade na mira.

Então coloque nela toda a torcida
Porque tem perna curta a mentira.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

A multidão

Soneto-acróstico

Porquanto não somos unitários apenas
O mais das vezes somos mixórdia pois
Internamente há muitos, talvez dezenas
Simples, multidão eu sou e também sois.

Assim nossas vidas não serão pequenas
Íntimos seremos de somente um ou dois
Tentando manter nossas atitudes serenas
Enquanto deixamos sonhos para depois.

Muitas gentes morando no nosso interior
Gente de toda cor ideológica e formação
E que sente tristeza, vaidade, frio e calor.

Nada perde o rumo ou sente decepção
Tem gente silente que se doa em amor
E a corpo desabitado a natureza diz não.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Reminiscências

imagem obtida na internet.
Da minha infância lembro dos riachos
Dos bagres e lambaris nas corredeiras
Quando pesca de anzol era brincadeira
E vida toda era descontração, eu acho.

Iscas de minhocas, rolha, anzol e linha
Bornal atravessado, na cabeça um boné
Mais vontade que peixe, bem mais até
E bastante disposição é o que se tinha.

Porém é do tico-tico que mais lembro
Nidificando em meados de setembro,
Quando nos arbustos seu ninho fazia.

Ainda hoje é muito vívida a lembrança
Do quanto fui aquela realizada criança
Que ouvia pio do tico-tico com alegria.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Pastiche de obra de Augusto dos Anjos


Tarde, arroio canta sob mata umbrosa
Àquele sol suas viçosas águas alvejam
Brilha como cristal, corrente  suspirosa
Agitando os nenúfares que ali vicejam.

Há porém, presságio de noite luminosa
Enquanto lá no alto os astros rumorejam
Apaixonados por corrente tão charmosa,
Borbulhante, sem feiuras que se vejam.

Chora o ribeiro bem preguiçoso e dolente
E de inveja a noite escura também chora
Mesmo a flor noturna de tal beleza ciente,
Perde sua bela pétala que o veio descora.

E a pétala bóia no pranto dessa corrente
Que a tal rosa, ao luar, chorando enflora.

domingo, 14 de junho de 2015

Homo sapiens?


Homem, criatura maldosa, besta e cega,
Espécie estranha cuja aparição foi infeliz,
Que agora até universo calado o renega
E pela tua própria expressão te maldiz.

Esse tratante animal até piedade prega
Contudo seus procedimentos são hostis
Na natureza tudo que existe desagrega,
Desmata, destrói, peca e ainda pede bis!

Fez-se entre os outros frutos, podre fruto
Montanha de bosta, talvez de argila preta,
Excrescência, cujo comportamento bruto
Compromete sua existência neste planeta

Deixa todos reinos naturais de negro luto
Dando a entender que ser homem é treta.

sábado, 13 de junho de 2015

Arte besteirol


A minha atemporal arte ultrapassa
O perverso tempo, então o derrota
Minha arte transcende até a massa
Contudo no mundo ninguém a nota.

E o que faço não constitui ameaça
Alguém até disse: isso é pura lorota
Que não se pode ver como desgraça,
Nem mesmo alimento à mesa bota.

Porque não paro com essa besteira?
Seguindo tranquilo na prosa, adiante?
Sem queimar o filme e ter caganeira?

Talvez eu seja como um alvo elefante
Que a todos incomoda sobremaneira
Mas, por raro, nunca será abundante.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Dia dos namorados


E à luz do luar os dois entrelaçados
Na vida pensando como esta seria
Apenas dois entes sós apaixonados
Meio desligados dessa noite e do dia.

Onde não há crise, não existe pudor
Razoável que ambos creiam nisso
Assim longe de dilema, longe da dor.

Dois corações puros, cheios de viço
Onde apenas conta o que é amor
Sem que se admita namoro postiço.

deus


Pois é, dizem que existe esse tal deus
Entidade onipresente, leal, sempiterna
Atarefado em controlar e punir os seus
E reuni-los no céu, espécie de caserna.

Esse misterioso ente, o qual já foi Zeus
Todos os seres do Planeta ele governa
Perscruta os pensamentos seus e meus
Se pecar, após tua morte ele te inferna.

Como pode entidade ter essa grandeza?
Que compõe tudo, o material e o infinito?
Algo maior, tão maior que toda natureza?

Deus não pode ser tudo isso, tenho dito
Manterá a chama da vida sempre acesa?
Sinceramente, acho que é lenda ou mito.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Alienante aliteração

Soneto-acróstico 

Pobre poeta de perversos poentes
Ousando, objetiva outra obsessão
Então entranha-se entre seus entes
Tendo talvez talento um tanto truão.

Assim adjudica apenas admiração
Regateia rumos retilíneos regulares
Outrora obnubilava óbvia obstrução
Sem saber de sentenças seculares.

Vai vivendo vil vagabundo a vadiar
Embora escriba escuso excepcional
Recusa relação repressiva reticular.

Seresteiro semântico, sóbrio social
Onírico organizador oblato oracular
Sacode sacana sociedade, sideral.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Evolução


Esse sou eu, filho do carbono e oxigênio
Demandado neste planeta pela evolução
Que se desenvolveu através de milênios
Entre outros animais, porque todos o são.

Serei criação elaborada de algum gênio,
Ou fermentei espontâneo numa solução
Combinando as substância em convênio,
Numa perfeita egoísta auto fecundação?

Na verdade pra questão não há resposta
Há quem diga que um criador há por trás
E os criacionistas fazem aqui sua aposta.

Contudo o evolucionismo muito perspicaz
Dessa suposta boa explicação não gosta
E sabe demonstrar como tudo aqui se faz.

terça-feira, 9 de junho de 2015

À morte

Soneto-acróstico 

Apenas tenhamos portanto consciência
Morte será sempre um inevitável evento
Opõe-se aos grandes ganhos da ciência
Rechaçando lógica sutil do pensamento.

Tânatos sabemos, não brinca em serviço
Encontra-nos aonde procurarmos abrigo
Crava-nos a ceifadeira sem compromisso
Hábil tal como faria com a cevada e trigo.

Ela, a morte, é inescrupulosa totalmente
Garante que pobres e ricos ao ignoto vão
Assim um tratamento igual a toda gente.

Ninguém à passagem jamais vai dizer não
Dizem até que ninguém fica para semente
Obrigados seremos um dia voltar ao chão.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Ao olhar


O amor tem olhos mais que infinitos
Lê nas entrelinhas coisas estranhas
Há nesse olhar um pedido mui aflito
Opresso, que atenção porém ganha.

Soletra pois, nosso aflitivo dissabor
Devagar não nos julga mas informa
Ouve pois cada lamento, cada teor
Assim ao existir dá uma nova forma.

Mas diga porque, me fale, por favor
O que esse olhar nossa vida torna?
Receio que a torne tão somente dor.

domingo, 7 de junho de 2015

À morte


O medo de morrer, um frio na barriga
Noite insone, temendo fria escuridão
Fantasmas, pesadelos, há quem diga
Mas morte ceifadeira não é pura ilusão.

Há, porém, aquele mortal que não liga
Pensa, ao inevitável destino, dizer não
Topar com certeza da morte não instiga
Como a exigir da morte, sua absolvição.

Mas, um dia, todos estaremos na essa
E até negadores na mesma horizontal
Que à morte compraz de matar à beça.

Porquanto somos todos mortais, afinal
E falecimento é apenas fim que começa
Preço que se paga por ter nascido mortal.

sábado, 6 de junho de 2015

A peste


A peste grassando na Europa medieva
Num ceifar de almas medonho, insano
Nos recônditos das aldeias a morte leva
Como a demonstrar ódio ao ser humano

Ratos pulguentos na sua busca de ceva
Trouxeram peste bubônica a todo pano
Com bestialidade toda Europa virou treva
Vítima do maldito holocausto bacteriano.

Os doentes, peles escaldantes em brasas
Mas a doença segue amoque enquanto
Vai devastando famílias nas suas casas.

Deixando um rastro de luto em cada canto
De maneira que toda a sociedade arrasa
E de nada adiantou o apelo a algum santo.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Catastrofismo

05/06 - Dia do meio ambiente

Depois que a natureza criou a vida
Instalou o Homo sapiens ali no meio
Agora tudo bem, missão cumprida!
Mas o homem não disse a que veio.

Unidos bichos e plantas em seguida
Nunca se desvirtuaram, assim creio
Dividiam o espaço em razão contida
Indiferentes sem qualquer manuseio.

Ali era um paraíso de larga avenida
Ladeada de árvores com sombreio
Dúvida não havia, farta era comida
Ouvindo-se dos pássaros o chilreio.

Mas homem não desejava harmonia
Ele se achava o dono desse pedaço
Insuflou morte e desdita onde queria
O dono sou eu, o que quero eu faço!

Assim morte da mata e esgoto fedia
Milhares de seres não deixam traço
Babaca, ele não percebe o que viria:
Inabitável Planeta de vida escasso.

E agora José, qual o próximo passo?
Nada restará dessa vida de única via
Tudo que existe conhecerá o fracasso
Em terra arrasada nenhuma ave pia.

À floresta


Em vão tu tentas entender uma floresta
Seja estudando ou fazendo sondagens,
Herméticas elas não te estendem fresta
São esquivas e etéreas como miragens.

Araucárias, taças esguias em uma festa
Árvores outras vivendo meio selvagens,
Que um mero madeireiro assim atesta
Torna belíssimas suas bravas imagens.

Há numa floresta perene força arrojada
Que confere a esse organismo florestal
A sentalidade de quem necessita nada.

Reconheçamos, é ente transcendental
No planeta há milhões de anos fincada
E que tornou-se boa no mais alto grau.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Opção


Quisera ter o dom de criar palavras
Talvez neólogo de imenso talento
Livrar-me dos preconceitos e travas
E conceber estrelas no firmamento.

E sem lamentações e mesmo dores
Pensar o mais épico loquaz poema
Que ignorasse o revés dos amores
E que felicidade seria o óbvio tema.

Sem esquecer de espantar a solidão
A qual nesta terra ninguém merece
Viver natureza em íntima comunhão
Como só bem no mundo houvesse.

Assim estar entre outros como irmão
Agradecer todos os dias essa messe.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Esperança


A esperança não fere e machuca jamais
Também independe de qualquer crença.
Indiferente aos seus queixumes e até ais
Sempiterna existirá enquanto você pensa.

Gente infeliz faz no copo d’água temporais
Que, parece, sua insegurança compensa
Dependendo da compreensão dos demais
Aguarda daquelas pessoas uma sentença.

Mas morre o homem com ele a esperança
Porquanto esta só existe se houver alento
Vai corpo ao túmulo e espera não avança.

Todo aquele que tem na vida um assento,
Vive esperançoso e da vida nunca cansa
Porque esta vida é matéria e sentimento.