sexta-feira, 19 de junho de 2015

Na janela

Soneto-acróstico

Espantando no campo o espantalho
Rosa ao sol, girassol, bela na janela
Afinal naquela vida não existe atalho
E ela, bela, a espera naquela vil cela.

Lábios rubicundos, como de groselha
Apenas ali, sem desdenhar o encanto
Naquele panorama visto de esguelha
Assim, substituto dum amargo pranto.

Já que nem é Gabriela nem Carolina
Amanhece como o sol, em formosura
Não que seja somente essa sua sina.

E o rouxinol cantando a guisa de jura
Louva seus olhos claros e a bela crina
Ali naquela janela tudo mais tem cura.

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