terça-feira, 9 de junho de 2015

À morte

Soneto-acróstico 

Apenas tenhamos portanto consciência
Morte será sempre um inevitável evento
Opõe-se aos grandes ganhos da ciência
Rechaçando lógica sutil do pensamento.

Tânatos sabemos, não brinca em serviço
Encontra-nos aonde procurarmos abrigo
Crava-nos a ceifadeira sem compromisso
Hábil tal como faria com a cevada e trigo.

Ela, a morte, é inescrupulosa totalmente
Garante que pobres e ricos ao ignoto vão
Assim um tratamento igual a toda gente.

Ninguém à passagem jamais vai dizer não
Dizem até que ninguém fica para semente
Obrigados seremos um dia voltar ao chão.

4 comentários:

  1. Oi Jair
    Gostei muito da sua poesia
    A vida é tão curta e os homens matam sentimentos. Eu não tenho medo da morte, ela pode vir a hora que quiser, já fiz meu inventário para não haver brigas.
    Um bom dia,

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  2. Caro amigo poeta Jair,
    A morte como disse Rauzilto, talvez seja a explicação desta vida

    Morte chegando como quem não quer nada,
    mas acaba sempre levando a gente
    Morte chegando tranquila, sorrateira,
    ou difusa qual alma penada

    Morte de longa ou de curta estada
    de caminhos retilíneos ou tortuosos,
    advinda de roteiros esquemáticos
    de forma imprevista ou programada

    Morte, parceira inquestionada;
    certeza absoluta desta vida,
    mas talvez o momento despedida
    seja apenas o início de outra estrada.

    Um abração. Tenhas uma ótima 3ª feira.

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  3. Meu caro amigo, poeta e xará Jair, a morte seria quase meu tema favorito, não fosse tão traumatizante rs, gosto de escrever sobre ela e sua relação inevitável comigo. Senhor de todas as palavras, mais uma vez nos brinda com toda a sutileza e artimanhas da palavra para nos dizer, que devemos viver, pois não é para sempre.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  4. Até hoje não entendo como a morte não consegue deixar seu recado; é apenas percebida quando chega, quando busca a vida. Depois, é esquecida, e tudo se repete, como se ela não fosse voltar…
    E assim, ficamos vivendo o eterno ciclo da insensatez.
    Abraços, Jair!

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