sexta-feira, 26 de junho de 2015

Medito


Homem, ser que pensa que outro ser não pensa
Sempre se julgando o supra sumo, esse homem
Acha que por ser bicho racional e ter uma crença
Não tem grilhões e não existe leis que o domem.

Contudo, na morte quando os vermes assomem,
Talvez lhe venha à mente uma tardia descrença
Lutar não adianta contra larvas que o consomem,
E então, por fim, algo há que o abata e o vença.

Por isso, poetas desta web, eu penso na ventura
E do nada que somos neste imenso firmamento
E na constatação que neste mundo nada perdura.

Talvez, somente o melhor do nosso pensamento
Que incorporado ao que denominamos de cultura
Terá duração eterna, nunca se perdendo ao vento.

2 comentários:

  1. Pois é, caro poeta Jair, lembro-me do longevo Oscar Neiemeyer dizendo que a vida é um sopro e o homem um grão de areia na conjuntura do universo.
    Um abraço. Tenhas um ótimo fim de semana.

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  2. Acredito que sobrarão as larvas para contar a história da humanidade! Verdade, muito bem dita, Jair. Somos tão pequenos que muitos ainda têm a insanidade de pensarem que são grandes...
    Bom fim de semana!

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