quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Ser poeta

Nenhum poeta ostenta serenidade
Se pretender um poetar fecundo,
Algo que desafie sua capacidade
Ou que abale vazio deste mundo.

Porque não lhe é facultado também
Deixar de as coisas a volta observar
Com muita acurácia como convém,
Depois compor um trabalho peculiar.

O poeta é o fulcro da humanidade
Sobre o qual toda literatura volve
Sem ele não haveria criatividade
Porque o que se escreve dissolve.

Filho de Érato diz apenas verdade
Que sabedoria do mundo envolve.

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