segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O troféu

Bela e sedutora a aventureira alemã
Vestida de dossel e cabelo ostentoso
Enroscada no braço lasso do esposo
Trajado a caráter e carranca malsã.

Nos gestos uma sugestão de cortesã
Um olhar dúbio, um sorriso silencioso
Que deixou o frio ambiente luminoso
Seu andar prenuncia radiosa manhã.

O marido, por mero acaso, milionário
De bengala, colete, relógio e chapéu
A conduz a toque impessoal, utilitário.

Disfarça o prazer, parece andar ao léu
Talvez, preocupado de ter um vicário
Que esteja de olho nesta esposa/troféu.

3 comentários:

  1. Bom dia, amigo Jair, seu soneto mostra o quadro de uma realidade que presenciamos,às vezes, o homem traz junto a si, uma jovem e linda mulher, que com certeza, age como cortesã,ele, rico e de bem com a vida,gosta de mostrar sua bela esposa, a que exibe como troféu, porém ao mesmo tempo teme por perdê-la. Interessante! Abraço!

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  2. Bem antigo e atual ao mesmo tempo,Jair.
    Essa realidade de maridos que têm a mulher como troféu ou prêmio,sempre existiu e continua.

    São homens sem amor próprio,inseguros e incautos!

    Gostei de ler!

    Feliz semana

    Beijos sabor carinho

    Donetzka

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  3. Mais um belo poema, talvez desta dissertativo, caro vate. Um abração. Tenhas uma bela semana.

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