quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Velhice

As vezes me sinto velho e cansado
E sento-me, a lamber minhas feridas
Então me vêm dores indefinidas
Que maltratam este corpo fatigado.

Sinceramente? Sou gente “no estado”
Que já viveu, talvez, múltiplas vidas
E que anda sobre estas pernas tremidas
Vive de teimoso, como o ditado.

Acompanha-me constante fadiga
Que portanto já se tornou amiga
Então minha autonomia governa.

Veja, ser um velho me deixa farto
Mesmo sabendo que bem logo parto
Para que a desgraça não seja eterna.

2 comentários:

  1. Estamos na regressiva, meu caro amigo e poeta. Um abração. Tenhas uma boa tarde.

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  2. Muito, muito bonito... e perguntarão, mas como bonito?
    Justamente por ser verdadeiro e triste, mas é o nosso caminho...
    vá entender isso...

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