quinta-feira, 2 de junho de 2016

Batalha eterna

Quando o cidadão dissidência tome
Contra status quo que todos oprime
Então no meio da multidão ele some
Embora sua conduta não seja crime.

Mas o poder na mais infame graça
Por essa atitude, feroz e indignado
Pega em armas e sai em sua caça
Até que o tenha na cova enterrado.

Poder versus povo, é sempre assim
Manda quem pode, outro obedece
Quem se rebela pela raiz come capim,

Sem choro, sem vela e sem prece.
Porquanto desfecho é sempre ruim
Para aquele que ameaça esquece.

Um comentário:

  1. Pois é, caro amigo poeta Jair, acho que o homem será sempre refém da estrutura, a menos que num determinado momento no futuro, talvez longínquo, as criaturas hajam evoluído de tal maneira que destransformem as ditaduras sistemáticas de todo o poder.
    Um abraço. Tenhas uma boa noite.

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