sábado, 13 de agosto de 2016

O peso da vida


Vaga o vate por inóspitos lugares
Escrevendo versos de abandono
De tresloucado se dá, então, ares
À terra do nunca onde não há sono.

Passa sem deixar pegadas no chão
Está na busca insana do ignoto
Indo em busca de onirismo vão
Como barco perdido sem piloto.

Carrega uma alma assaz dolorida
Num corpo já, então, desgastado
Lhe oprime o peso da própria vida,

Porém sabe que este será seu fado
Levar para sempre sua alma ferida 
Ainda que caminhe para todo lado.

2 comentários:

  1. Poeta...vim por dois motivos: em primeiro, lhe agradecer pelo magistral soneto em interação ao meu (está lá, publicado em meu blog e ficou lindo!). Em segundo, me encantar com a leitura de seus sonetos que são lindamente construídos e de rara sensibilidade. Aceite meus sinceros parabéns!!!um abraço, ania..

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  2. Não será nossa sina? Bem que deixando os pesos pelos caminhos, conseguiremos melhorar, poderemos ser peregrinos mais felizes...
    Abraço!

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