Registro antigo, nalgum livro amarelento
Tudo escrito, cada evento, data, ou dado
Nada claro se houve lamúria, lamento
Ou sobre lágrima de quem tenha chorado.
A história parece ter claramente intento
De exaltar herói, mas ignorar derrotado
E registrar tão somente, escolhido evento
Aumentar a importância do herói soldado.
Gosto da história, porém óbices eu tenho
Pois, nos registros não surge gente comum
Por que retira-las com esse tal empenho?
Bem sei que pobre operário é só mais um
Contudo, quem fez a cruz, ou cortou o lenho?
Será que o pobre na história é mero pum?
Boa tarde, amigo Jair, excelente seu soneto,
ResponderExcluirhá tantos heróis mas os escondem para mostrar os que têm mais,
certo você quando diz : quem corta a madeira para a cruz, enfim quem faz tudo, quem planta o que nos vai à mesa?
Com certeza, só há registro de sucessos, pois é feio marcar fora de campo. Como sempre muito bom seu soneto. Abraço!
Justamente é também o que paga impostos, e a divida do Brasil que nem foi ele quem fez ...
ResponderExcluirGostei demais de seu poema verdadeiro.
Abraço, Léah
Ah, mas esses não aparecem... Aparece somente o que interessa,
ResponderExcluiros finalmente. O verdadeiro, aqueles que suaram a camisa na base do sacrifício fica aquém, sem eira nem beira. Só aparece o que convém. As classes dominantes.
Um feliz domingo!