segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Pax romana

No alvorecer, as coortes romanas
despertam os tementes peregrinos,
com a força de trombetas e hinos,
em remetidas bárbaras e insanas.

Ferro e fogo destroem as choupanas,
sequer poupam mulheres e meninos,
que apelam aos poderes divinos;
descrentes nas ditas forças humanas.

Por certo, é terrível aquela vaga,
e de sangue o solo sagrado alaga,
onde havia casas, já não mais.

Pois o massacre fora consumado,
corpos e cinzas para todo lado;
Pax romana: na morte todos iguais.

Um comentário:

  1. Caro amigo poeta Jair, sempre a lapidar qualquer tema. Muito bom. Um abração. Tenhas uma ótima semana.

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