Ah, se meu dia
fosse só de auroras!
ah, se jamais
existissem assombros!
e sumissem os
pesos de meus ombros;
e se tornassem
dóceis estas horas.
Porém, o
implacável tempo fulmina,
diz quando e
se haverá alvoradas;
e pouco liga
pras minhas jornadas,
apenas segue
amoque sua rotina.
Então, o tempo
vai por aí seguindo,
não se apressa
nem mesmo se dilata,
mas nosso
tempo vai diminuindo.
Porque tempo
que cria também mata;
e pouco lhe
interessa o belo, o lindo;
não liga, mas
também não faz bravata.
Olá Jair, disseste muito bem! O tempo é indiferente a nossas aflições e prosseguimos escravos....é a vida! Parabéns pelo belo soneto! Bjs
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