Este
rio profundo de águas turvas
Que
flui e reflui e não sabe como.
Retifica,
as vezes, margens curvas,
Para
avançar célere, num assomo.
O
rio que nascente foi preguiçoso,
Se
foi tornando bravio e egoísta,
E
parece nem um pouco saudoso
Daquela
origem que agora dista.
Pois
é corrente briosa, isto posto.
A
qual até montanhas ultrapassa
Borrascosa
como águas de agosto,
Invade
cidade, avenida e praça.
E
a ninguém deixa ver seu rosto
Porque não há mal que não faça.
Porque não há mal que não faça.
Esse rio está furioso, sinto medo de suas águas...
ResponderExcluirBeijo, Jair!