segunda-feira, 2 de março de 2015

Soneto-acróstico

À viagem

Um dia nomadismo acode o homem
Manda-lhe a vontade de deixar o solo
Diante daquilo seus entraves somem
Invade-o a síndrome de Marco Polo.

Apenas suas malas arruma então
Deixando seu lar assim como está
Embarca rápido no próximo avião
Partindo para longe, distante, acolá.

Assim munido de vasta curiosidade
Revela-se um observador viajante
Trotando indene de cidade a cidade.

Indo cada vez muito mais adiante
Deleita-se com essa nova liberdade
A cada dia num lugar mais distante.

3 comentários:

  1. Na verdade, hoje as pessoas deslocam-se com muito maior facilidade e frequência e, por isso, sentem-se mais livres.
    Mais um excelente soneto, gostei imenso.
    E continuo a adorar os teus comentários em forma de soneto, onde és igualmente brilhante.
    Tem uma boa semana, caro amigo Jair.
    Abraço.

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  2. Vejo essa sua ideia com simpatia, não seria nada ruim. Mas como tudo, chega-se noutra idade e os planos mudam, já são outros. Talvez uma mudança para um outro só lugar, e lá fazer seu paradeiro!
    Abraços!

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  3. Meu bom amigo Jair, senhor de todas as palavras, tão bom ler este acróstico, ajuda-me a perceber uma pequena tristeza, fase que enfrento, e poderia estar agora como este Marco Polo que nos apresenta, de cidade em cidade, nem num lugar nem noutro, mas encontrei paz aqui, estou conquistando e sinto-me bem recebido...mas como bem diz nossa amiga Tais, a lúcida, face o adiantado da idade, acho que onde estou é meu lugar, apesar, apesar, apesar...sempre ancantado com tua cirando de palavras.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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