quinta-feira, 5 de março de 2015

Soneto-acróstico

Vida e morte

É, morre-se todos os dias um pouquinho
Vida como suprema dádiva da natureza
Indica apenas o seguimento do caminho
Viver, na prática verdade, não é moleza.

Então um “check up” torna-se imperioso
Realizado, mostra-nos algum mal oculto
Ou talvez um diagnóstico sutil, nebuloso
Uma enfermidade que pode tomar vulto.

Mas tudo aquilo que importa realmente
Obsidiar que simples viver leva à morte
Razoável o medo de finar que se sente.

Riscamos a vida pensando que é sorte
E pouco lembramos que somos um ente
Rico ou pobre no ocaso ninguém é forte.

3 comentários:

  1. Nossa única certeza, uma hora acontecerá, meu caro poeta e amigo Jair...mas temos " Vida como suprema dádiva da natureza", e nos basta, porque não tem disfarce, não existe remédio ou fonte da juventude eterna, fatalmente morreremos. Parece meio mórbido meu comentário ? Não, só uso um pouco de Augusto dos Anjos que tenho dentro de mim. Mais um belo poema para comemorar mais um dia, nosso presente de Deus.
    ps. Carinho respeitoe abraço.

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  2. Em resumo: não somos nada...
    Abraço, caro poeta.

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  3. Caro amigo poeta Jair, descreves com propriedade, que te és peculiar, a fragilidade da existência.
    Um abraço. Tenhas um bom dia.

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