segunda-feira, 30 de março de 2015

Timidez

Na dura vida no palco não me vejo
Sequer sei se aqui tenho um papel
Luzes dessa ribalta eu não almejo
Nem rodopiar amoque no carrossel.

Existe uma certa inquietude mim
Que não se transforma em paixão
Aliás, aqui vivo muito bem assim
De acordo com a minha dimensão

Escrevo o que quero dizer, então
Aquilo que me passa pela cabeça
Registros escritos surgindo vão
Antes que minha mente esqueça.

Talvez tudo que faço seja em vão
E o silêncio de túmulo eu mereça.

5 comentários:

  1. Querido amigo poeta Jair, lembremos do mestre Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Sei que tua alma é grande.
    Um abração. Tenhas uma ótima semana.

    ResponderExcluir
  2. Olá, caro amigo!
    Não intitularia o poema com esse título, acho que Timidez não combina com a fraqueza nele exposta, aliás, do que gostei; combinaria mais se fosse Lucidez...
    Abraço.

    ResponderExcluir
  3. Boa tarde caro poeta..
    palavra esta que é título de muitas vidas..
    eu nos meus anos adolescentes fui assolado por ela.. hj sou mais aberto..
    retrata muito bem o que é.. mas que possamos nos libertar da mesma.. abraços

    ResponderExcluir
  4. Desculpe, errei feio
    Estou achando você muito pra baixo, eu é que estou doente e você nessa tristeza e me entristece mais
    Saudades

    ResponderExcluir
  5. Todos temos um papel no palco da vida, Jair.
    Continue a escrever o que lhe aprouver. São inspirações ditadas pelo seu coração.
    O silêncio do túmulo não é questão de merecimento, mas o fim de todos nós, conforme a vontade do Mestre Divino.

    Achei o poema traçado por certa melancolia.

    Belos dias.

    Abraço.

    ResponderExcluir