domingo, 10 de janeiro de 2016

Nem tudo é o que parece


Digamos, na sua andança campestre
Flanando distraído libidinoso mestre,
Deliciado, gozando de cara pro vento
A pisar no chão nem um pouco atento.

Entretanto lá estava peçonhento ofídio
Então tocar nele, verdadeiro suicídio
Agora, professor, que se pode fazer?
Pois venenosa cobra poderá te morder.

Aqui teve uma ideia o erótico andante,
A qual aos outros pode parecer banal,
Num gesto qualquer formal, elegante

No bestunto do bicho deu paulada fatal,
E sem pestanejar sequer um instante,
Após matar a víbora ele mostrou o pau.

Um comentário:

  1. Caro amigo poeta Jair, gostei desta tirada quase literal em alto nível ou de alto nível - qual forma correta, meu caro? -, enfim como eu sempre afirmo, no teu caso o poema está na veia, está no sangue, por isso fazes versos e belos poemas sobre qualquer assunto.
    Um abração. Tenhas uma ótima semana.

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