sexta-feira, 24 de junho de 2016

Que planta sou eu?

Pois tenho formato de uma rasa taça
Minha carne aos homens dá dinheiro
A mata sem mim não tem mais graça
Mas sempre sou abatida por primeiro.

Ser árvore mais formosa dessa praça
Não me liberta do lenhador intrigueiro
Pelo contrário, sou promovida à caça
Abatida, fatiada e usinada por inteiro.

Desse modo agora me tornei escassa
Transformada em lenha para fogueiro
Vítima duma sanha que jamais passa.

Buscam-me através dalgum sendeiro
Pra fazer papel me diluem na potassa
Então agora sabem, eu sou o Pinheiro.

2 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, realmente, o Pinheiro é mais uma vítima da sanha deste ser insaciável.
    Um abraço. Tenhas um bom dia.

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  2. Pobres pinheiros...
    Só descobri quando cheguei no final.
    Abraço, Jair!

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