Quando eu for,
favor não chorar por mim
Prefiro que guardes
essa tua dor
Por certo é melhor
que seja assim
E lembrar do melhor
seja onde for.
Quando eu for, por
favor sorria sim
Prefiro que não
fiques em torpor
Somente meu corpo
chegou ao fim
Os que ficam ainda
podem compor.
Na cova não há
beleza ou bondade
E tampouco espaço
para saudade
Apenas muita paz,
tão somente.
Nossa alma não tem
nenhuma vontade
Só um grande
silêncio a invade
E, naturalmente,
ela nada sente.
Jair, acho lindo esses poemas que falam de nossa finitude, mas apenas os poemas, pois ficam leves, até bonitos! E você escreve sempre poemas que comovem quando fala desse tema, deve ser sua veia artística, sim, construir um poema é arte.
ResponderExcluir"Quando eu for, por favor sorria sim
Prefiro que não fiques em torpor
Somente meu corpo chegou ao fim
Os que ficam ainda podem compor".
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Estava lendo a Lya Luft (Sobrevida) e depois vim no seu e as coisas casaram:
(...) os mortos pedem
memórias doces
que não os pertubem,
e que a gente viva, sem muito desgosto,
mais nada.
(pedem silêncio e que os deixem em paz).
Abraço, meu amigo.Muito, muito bonito.