segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A noite

A noite na escuridão mansa, nada
Nada diferente, pura rotina
Ainda que sequer esteja estrelada
Procura na terra uma bailarina.

E sem descanso, vara a madrugada
Quando o horizonte se descortina
Em flagrante, a noite então divaga
A luz do sol surge e a alucina.

Então, o blues lamenta-se na vitrola
Num compasso meloso bem dosado
Melancolia que ninguém controla.

Este som pesaroso deita e rola
Como se o mundo estivesse errado
O mal solto, a bondade na gaiola.

2 comentários:

  1. Meu caro amigo poeta Jair, o domador da palavra; meu sonetista preferido. Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

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  2. Então, o blues lamenta-se na vitrola
    Num compasso meloso bem dosado
    Melancolia que ninguém controla.

    Que bonito, Jair!
    Abçs

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