segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O último vate

Ser o último poeta eu gostaria
O derradeiro espécime da raça
Construir tão somente poesia
Um ofertório a todos de graça.

Andaria por estrada como aedo
Enfrentado feliz minha solidão
Sem o trauma ansioso do medo
Sem ligar para que outros são.

Um dia de cada vez eu viveria
Aproveitando tudo no caminho
A solidão companheira seria
Para que não andasse sozinho.

Pois então toda minha energia
Gastaria num viver comezinho.

Um comentário:

  1. Amigo poeta Jair, eis um poema para lembrar Nietzche.
    Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

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