sábado, 6 de setembro de 2014

Ser poeta

Nenhum poeta ostenta serenidade
Se pretender um poetar fecundo,
Algo que desafie sua capacidade
Ou que abale o vazio deste mundo.

Porque não lhe é facultado também
Deixar as coisas em volta observar
Com muita acurácia como convém,
Depois compor um trabalho peculiar.

O poeta é o fulcro da humanidade
Sobre o qual a criatividade volve
Sem ele não haveria criatividade
Porque toda a literatura dissolve.

Filho de Érato diz apenas verdade
Que sabedoria do mundo envolve.

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